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Bernstein Research: Apple faz muito dinheiro com a iPhone App Store

Apps saindo de um iPhone 3G

Apps saindo de um iPhone 3GMuita gente por aí critica a estratégia publicitária que a Apple decidiu tomar, promovendo a plataforma iPhone pelo fato de que ela possui hoje uma loja com mais de 75 mil apps disponíveis para compra/download.

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Eu não vejo nada de mais nisso: trata-se do mesmo argumento que usuários de PCs usam para promover o Windows, e a mesma ideia também pode ser aplicada ao ecossistema iPod + iTunes, o qual a Apple também domina.

A grande diferença nessa história toda é que a Apple está aproveitando um momentum totalmente positivo para ela, no qual os concorrentes nem conseguem ameaçar uma competição, visto que a quantidade de apps disponíveis em outras plataformas é mínima e nenhuma outra empresa conseguiu criar uma loja tão completa e bem resolvida quanto a iPhone App Store.

Ora, de que que adianta o mundo Windows ter 20 opções de um determinado programa, se existe uma no mundo Mac que bate todas elas? No Mac você encontra softwares para tudo, só não tantas opções concorrentes como no Windows (que, na maioria, são péssimas, feias e lotadas de spywares, diga-se), porque evidentemente o ideal é que se inove, diversifique-se.

Entre os smartphones, isso ainda está longe de acontecer. E olha que nem comparando Mac OS X vs. Windows a diferença é tão absurda assim: numa consulta informal que acabo de realizar, o portal de downloads VersionTracker indica que 43 aplicativos foram atualizados hoje no mundo Mac, contra 81 para Windows. Achava que a discrepância era muito maior.

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O analista Toni Sacconaghi, da Bernstein Research, resolveu analisar a fundo esse mercado móvel da Apple e concluiu que ele é muito lucrativo para a empresa. O que sabemos, da boca de Steve Jobs, é que mais de 1,8 bilhão de títulos já foram baixados da App Store, e que lá existem mais de 75 mil opções disponíveis para download. Fora isso, não dá pra contar com a colaboração da Apple para qualquer pesquisa mercadológica — eles não são lá de colaborar muito com essas iniciativas.

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Toni considerou, então, uma série de outros fatores para fazer sua previsão. Segundo ele, mais de 90% dos apps mais populares são gratuitos. Além disso, de 13% a 21% dos apps baixados são pagos (incluindo 7% nos Top 100 e 35% dos 900 seguintes). Sua estimativa é que o preço médio pago por aplicativos seja hoje de US$3.

Avaliando isso tudo, Toni conclui que a Apple gera de US$60 a US$110 milhões em faturamento por trimestre para si mesma (1% do geral de US$8,34 bilhões no último fechamento fiscal), além de outros US$140 a US$250 milhões para desenvolvedores. Considerando uma margem operacional de 50%, ele descobriu que a App Store está contribuindo com cerca de US$0,02 a US$0,04 por ação em lucros trimestrais. Comparativamente, a iTunes Store levou 6-8 trimestres para atingir uma taxa de receita similar, e a Apple nem tinha que repassar 70% dos lucros pra ninguém.

Na melhor das hipóteses, a App Store já representa um mercado anual de mais de US$1 bilhão para a Apple, e a boa notícia é que ela não para de crescer. Não é à toa que há tantos desenvolvedores de olho grande em cima dela, o que tem tudo para estimular um distanciamento ainda maior da concorrência.

[Via: Digits.]

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