Conforme relatamos na semana passada, a Apple decidiu recentemente banir todos os apps com conteúdo sexual de sua loja. Somente até o domingo, mais de 5.000 títulos já haviam desaparecido de lá, representando cerca de 3% de todo o acervo da App Store.
Hoje, finalmente, um executivo da Apple veio a público oficializar a mudança e comentar o porquê disso tudo. Phil Schiller, vice-presidente mundial de marketing de produtos da Apple, falou ao New York Times que a Apple estava sendo inundada de reclamações de mulheres devido aos “conteúdos duvidosos” que estavam sendo aceitos na loja.
“Chegou a um ponto em que estávamos recebendo reclamações de mulheres que achavam que os conteúdos estavam se tornando demasiadamente baixos e ofensivos, além de pais aborrecidos com o que seus filhos conseguiam ver”, afirmou Schiller. Em outras palavras, a Apple não tem capacidade de criar um sistema automatizado que filtre/separe conteúdos adultos em sua loja.
Mais uma vez, voltamos à mesma provocação de sempre: a Apple criou e *embutiu* no iPhone OS um app que dá acesso a todo tipo de conteúdo sexual, violento e ofensivo, para quem quiser, a qualquer hora, sem restrições. Seu nome? Safari.
Curiosa e ironicamente, apps como Playboy e Sports Illustrated continuam disponíveis para download na loja, com todos os seus conteúdos “duvidosos”. Felizmente, a repórter Jenna Wortham do NYTimes.com teve a oportunidade de questionar Schiller sobre a questão, e recebeu a seguinte resposta: “A diferença é que são companhias muito conhecidas com materiais previamente publicados, disponíveis abertamente em um formato bem-aceito [pelo público].” Por que isso me cheira errado?