Emuladores, como sabemos, são softwares capazes de fazer com que uma máquina atual processe arquivos e programas antigos ou desenvolvidos para outras platformas. São eles que permitem, por exemplo, que você jogue — em sua máquina tinindo de nova — jogos feitos para o velho e bom MS-DOS ou criados para consoles como o Atari.
Os emuladores atualmente disponíveis e facilmente encontrados na internet são, via de regra, limitados a apenas um console ou tecnologia de um único fabricante.
Para contonar essa limitação, pesquisadores da Universidade de Portsmouth estão desenvolvendo um emulador de softwares que reconhecerá qualquer tipo de arquivo com data a partir de 1970. O emulador será o primeiro com “propósito geral” e a equipe quer possibilitar a leitura de qualquer arquivo para PCs, de arcades como Pacman até disquetes e CDs.
A proposta dos cientistas, entretanto, é criar um ambiente universal que possa concentrar as informações e softwares exatamente como foram criados para serem rodados, com o ambicioso objetivo de cobrir todos os consoles e videogames já produzidos. A pesquisa integra o projeto KEEP — Keeping Emulation Environments Portable –, que tem por objetivo preservar arquivos digitais que poderiam ter sido perdidos e já recebeu mais de US$5 milhões em investimentos diretos da Comunidade Européia.
De acordo com os pesquisadores, em 2010, a quantia de informações digitais criadas pelo mundo será equivalente a 18 milhões de vezes os dados contidos em todos os livros já escritos. “O emulador universal é uma forma de manter os arquivos digitais preservados mesmo com as rápidas mudanças de tecnologia”, explicou a pesquisadora Janet Delve.
Eu gostaria de ver, sinceramente, um emulador capaz de rodar todos os arquivos e softwares de todas as plataformas computacionais já criadas: do Amiga ao Mac OS X Snow Leopard, passando pelo Windows 3.1, o IBM Warp OS/2 (um excelente e injustiçado sistema operacional!) e alguns sabores de Unix. Seria, parafraseando um velho e já esquecido ditador, a mãe de todos os computadores!
[Via: ComputerWeekly.com.]
