Na semana passada, o famoso blog Boing Boing publicou um vídeo bastante semelhante a um que divulgamos aqui no MacMagazine no começo deste ano, demonstrando a funcionalidade copy & paste do Newton e questionando a sua ausência ainda na última versão do firmware do iPhone.
Confira, mais uma vez, a simplicidade da coisa:
Para os que já perderam a noção do tempo, o Newton é um produto de cerca de 15 anos atrás — o avô (nem pai) do iPhone, eu diria —, um dos primeiros PDAs (Personal Digital Assistants) criados e forte influência para o surgimento e sucesso posterior de uma empresa chamada Palm.
O engraçado é que muitos dos seus recursos nem sequer foram implementados no iPhone. Navegando pelo YouTube, achei o seguinte vídeo, um guia para iniciantes (Getting Started) no Newton MessagePad que acompanhava o produto na época:
O que me impressionou:
- Reconhecimento de escrita, que só chegou recentemente ao iPhone e, ainda assim, é restrita aos idiomas chinês e japonês.
- Já naquela época, a tecnologia era inteligente o suficiente para “aprender” e se adaptar ao usuário, com o tempo.
- O Newton já vinha com um dicionário composto por mais de 10 mil palavras, editável e complementável pelo usuário.
- A fumacinha que aparece quando usuários apagavam palavras no Newton é idêntica à fumacinha que aparece quando arrastamos ícones para fora do Dock do Mac OS X.
- Impressão de documentos diretamente pelo Newton.
- Na época, ele já rodava softwares de terceiros — algo que a Apple só trouxe para o iPhone de forma oficial recentemente, com a chegada da App Store.
A legião de fãs do aparelho é tão grande que hoje em dia tem gente que já conseguiu fazer funcionar Wi-Fi, Bluetooth, cartões de memória e até o sincroniza com o iTunes, como se fosse um iPod. Caso você não saiba, o Newton foi uma das coisas que Steve Jobs “matou” na sua volta à Apple, em 1998. Será que ele já sonhava com o iPhone?