Charles Duhigg escreveu para o New York Times um texto que traz à tona um pouco do lado privado de Steve Jobs, que tão pouco conhecemos. Muito se fala do homem público, da figura que fazia keynotes arrasadoras e nos contagiava irremediavelmente com seu entusiasmo sincero pelos produtos da Apple, mas o homem (sem “público”) é uma faceta de Jobs que pouco se revelou ao longo de sua vida à frente da Maçã.
Certamente mais detalhes virão na biografia escrita por Walter Isaacson, só que por ora podemos conhecer um pouco mais de Steve ao ler o que Duhigg tem a contar sobre como foram suas despedidas. Jobs era muito coerente em sua vida privada: exatamente como ele aconselhou os estudantes de Stanford em 2005, ele procurou praticar em seus últimos dias.
Dar importância ao que é importante.
Com o limitado tempo que lhe restava, foi preciso se organizar para poder dizer adeus a todas as pessoas mais importantes, além de ter seus últimos momentos com sua mulher e seus filhos. Isso significava dizer não para muitas e muitas ofertas de visitas, convites a jantares e eventos comemorativos. Pois bem, assim ele o fez. Quando estava cansado demais para receber visitas, Laurene, sua esposa, gentilmente recusava os ofertas. E elas eram muitas, obviamente — quem não queria ter a chance de dar adeus a ele?
Dean Ornish (um médico que era amigo de Jobs), John Doerr (investidor), Bill Campbell e Bob Iger (CEO da Disney) foram alguns dos que tiveram a chance de se despedir de Jobs. Os executivos da Apple receberam dicas de como apresentar o iPhone 4S. Walter Isaacson teve uma última entrevista para o livro que estava escrevendo.
Estamos agora no epílogo da história de um dos maiores homens do nosso tempo.