Seja sincero: alguém chegar e dizer que você é mais fofinho que um filhote de rato não é exatamente um elogio, né? (Ser mais fofinho que um filhote de panda, por outro lado… é impossível.) Por conta disso, não considero esta observação feita por Gus Richard, analista da Piper Jaffray, lá muita coisa: a Apple está à frente da Intel no mercado de chips mobile. Uau! Isso seria algo grande, não fosse o fato de a Chipzilla ser um praticamente zero nessa área.
Quantas tablets e smartphones Intel inside! foram lançados nos últimos anos? … Viu?
Richard acredita que a vantagem da Apple não está na potência pura e simples dos processados, mas sim na eficiência deles pela forma como são construídos e como lidam com suas tarefas — apesar de não ser mais rápido que um core i3, por exemplo, o A5 parece mais rápido aos olhos do consumidor, e isso pesa muito. Outro problema é que a Intel ainda não se mostrou capaz de ir além do PC, e seus designs de chips multipropósito não seriam capazes de concorrer com modelos integrados (system-on-a-chip, SoC).
O pulo do gato, contudo, estaria na questão de fabricar os chips em si: a Intel tem suas próprias linhas de produção, enquanto a Apple depende de outras empresas para porem a mão na massa. Ser dona do próprio nariz, neste aspecto, permite inovar mais agressivamente — no caso da Chipzilla, por exemplo, viabiliza o uso de arquiteturas substancialmente menores em suas próximas gerações de produtos. Enquanto isso, a Maçã depende do que a Samsung oferecer.
O que importa de verdade, porém, é a seguinte questão: será que a Intel vai perder o lugar dela nos Macs, conforme estes forem ficando mais e mais parecidos com iPads e processadores ARM se tornarem mais poderosos? É aí onde mora o perigo…
[via CNET News]