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“Inside Apple”, de Adam Lashinsky, já está à venda; confira mais histórias do livro

Livro Inside Apple no iPad

O livro Inside Apple, escrito pelo jornalista da Adam Lashinsky — do qual comentamos aqui no começo de setembro passado —, já está à venda na iBookstore norte-americana (saindo por US$13) e em breve chegará também a outras lojas, como por exemplo a Kindle Store.

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Livro Inside Apple no iPad

Assim como aconteceu com a biografia autorizada de Steve Jobs, diversos trechos e informações a respeito do novo livro circulam por aí. Nós mesmos já destacamos algumas aqui no site, como o perfil de Scott Forstall e de Eddy Cue, informações sobre a cultura de segredo da empresa, sobre a conversa entre Steve Jobs e Ren Ng (CEO da Lytro) e até mesmo os bastidores por trás da preocupação da firma de Cupertino com as embalagens de iProducts.

Agora, falaremos de algumas outras informações que julgamos interessante compartilhar com nossos leitores — cabe a você julgar se prefere não ler agora e comprar o livro, ou se não quer esperar e já ficar por dentro dele. 😉

Relações publicas

De acordo com o livro, o departamento de relações públicas é um dos aspectos mais críticos da Apple. Como eles lidam com informações dos produtos da empresa, tudo é muito controlado (como não poderia deixar de ser). Na ocasião do lançamento do iPhone, em 2007, por exemplo, os responsáveis pela comunicação da companhia autorizaram somente cinco executivos a falar sobre o aparelho: Steve Jobs (até então CEO), Tim Cook (na época, COO), além de Phil Schiller (vice-presidente sênior de marketing mundial), Greg Jozwiak (chefe de marketing do iPhone) e Bob Borchers (até então executivo de marketing da empresa).

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Nomes como Scott Forstall e Jony Ive, por exemplo, ficaram de fora da lista. O motivo? De acordo com Borchers, apesar da super inteligência e de saberem todos os detalhes do produto, eles não tinham muito contato com a imprensa. Tecnicamente, eles saberiam responder às perguntas, mas talvez não com a graciosidade exigida na situação.

Filantropia

Muitos questionaram o posicionamento do falecido e ex-CEO da Apple nesse assunto. E o livro também fala sobre filantropia, mais específicamente sobre a opinião de Jobs. Para ele, a empresa não deveria doar dinheiro — essa não era a melhor solução. Jobs acreditava que a ação mais filantrópica que a Apple poderia tomar era aumentar o seu valor. Assim, acionistas poderiam doar suas riquezas a causas de sua escolha. Como podemos ver, Cook não concordava com esse posicionamento, já que em sua gestão a empresa anunciou um novo programa de equiparação de doações de seus funcionários para caridade.

Executivos da empresa

Segundo Adam Lashinsky, com exceção de Cook, Jobs não deixava nenhum de seus executivos mais importantes aceitarem cadeiras em conselhos de outras empresas. O cofundador da Apple tinha medo de que companhias “roubassem” sua membros de sua equipe cuidadosamente montada. Além disso, elas poderiam lucrar com a visão inovadora deles, e isso Jobs não aceitava.

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Em um dos casos, Andy Miller, cofundador da Quattro Wireless e ex-chefe de iAd na Apple, perguntou para Jobs se poderia assumir assumir o cargo na diretoria de uma empresa que não competia com a Apple. Steve Jobs respondeu: “Você mal dá conta de tudo aqui e quer gastar o seu tempo ajudando uma outra empresa? Eu nem sequer deixo o Scott Forstall sair do escritório!”

Miller, então, recusou a proposta. Contudo, tempos depois, saiu da Apple. Os únicos executivos que participavam dos conselhos de outras empresas eram Jobs (Disney — ele era o maior acionista individual, após ela adquirir a Pixar) e Cook, que faz parte da diretoria da Nike, ajudando inclusive a formar a parceria da empresa que resultou nos produtos Nike+.

Empregados como profissionais de TI

Outro destaque do livro traz informações a respeito do primeiro dia de um funcionário que acabou de ser contratado. Não há ninguém para ajudar a conectar o computador a internet. Se você foi contratado, supõe-se que você não seja um n00b. “A maioria das pessoas são esperadas como sendo capazes de se conectar a servidores.” Existe, sim, um sistema chamado “iBuddy”, no qual novos funcionários podem fazer perguntas para os mais experientes, a fim de conseguir ajuda. Contudo, depois da primeira semana, ninguém mais o utiliza.

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Para finalizar, confira uma breve entrevista do AllThingD com o autor do livro — infelizmente não acessível para iGadgets, já que o vídeo está em Flash —, na qual ele fala um pouco sobre de seu conteúdo, do processo de criação (que não contou com a ajuda da empresa, diferentemente da biografia autorizada de Walter Isaacson), entre outras coisas.

A entrevista, é claro, está em inglês:

[via 9to5Mac: 1, 2, 3, 4, 5; The Next Web]

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