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iVida: “MacAlfabetização” (e apresentação da coluna)

MacAlfabetização

Apresentação: estamos iniciando hoje, em caráter experimental, uma nova coluna semanal aos domingos aqui no site — intitulada “iVida”. Ela será escrita por Marco Lonzetti, brasiliense formado em Comércio Exterior, hoje morador de São Paulo (SP) e CIO do Grupo.Mobi. Esperamos que vocês gostem! 😉

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por Marco Lonzetti [@mlonzetti], CIO do Grupo.Mobi

Em primeiro lugar, quero agradecer ao Breno Masi pelo convite para escrever aqui no MacMagazine: é uma honra!

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Não faz muito tempo que me “MacAlfabetizei” e, por isso, tenho bastante propriedade para falar sobre o assunto. Não sou daqueles que cuspo no prato que como — quem me conhece, sabe — mas também não sou hipócrita. Que é melhor, é.

MacAlfabetização

Atenção: tem três coisas que estarão sempre presentes na minha coluna: analogias, a senhora minha mãe — por conceito, culpada por tudo que acontece comigo desde que nasci — e humor (ou tentativa de; feedbacks são muito bem-vindos, desde que sejam apenas positivos, ok?).

A analogia

Em 1887, nosso amigo Ludwik Zamenhof passava por uma grande dificuldade em tentar entender o que seus compatriotas poloneses (na época, Império Russo) falavam. Isso porque eram vários dialetos e não existia uma referência de tradução — também pudera, já imaginaram como deve ser um dialeto russo?! Aff…

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Foi aí que surgiu o esperanto. Na teoria, ele é uma ilustre tentativa de misturar o melhor e mais fácil de vários idiomas, para facilitar a comunicação entre culturas diferentes. Na prática, ele é a prova de que de não podemos subestimar o poder de uma cultura — a cultura da economia forte.

Por que você acha que tantas pessoas falam inglês, no mundo? Por conta da quantidade de países colonizados pelos súditos da Rainha ou pela força comercial dos Estados Unidos? Sinceramente, o inglês já fazia parte da minha vida mesmo antes de eu saber o português — eu já lia “Made in…” nas etiquetas das minhas cuecas (compradas nas Pernambucanas!) antes de falar “Mamãe”. Tudo bem que o “Made in” geralmente era “Made in Taiwan” — mas era “Made in”, e não 取得!

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P.S.: Usei o Google Translate aí em cima. Copiem e colem para fazer a tradução reversa. 😉

Enfim, deixando minhas experiências (leia-se traumas) infantis de lado, reparem no dados nada oficiais abaixo:

  1. 50% das etiquetas e lacres de produtos que consumimos estão em inglês;
  2. 70% do entretenimento do mundo é inglês (os outros 30% é local);
  3. O mais importante, a moeda referência é o dólar.

Mas o que isso tem a ver com usabilidade e com o universo Apple?

Simples, a Apple é hoje o que o esperanto não conseguiu ser: o novo idioma oficial do mundo. Ainda não é o mais falado, mas é a referência.

  • O vocabulário da Apple é tão suscinto quanto uma barra sempre visível de aplicativos;
  • A conjugação de verbos é tão fácil quanto arrastar um novo DMG para a pasta de aplicativos;
  • A gramática não precisa de “help” nem de um clipes amarelos e falantes pra me explicar o que deveria ser simples, simplesmente porque é;
  • E o mais importante é que sua pluralização não tem segredo: eu migrei do meu MacBook Pro para meu novo Air de 11″ em 45 minutos com um cabo USB, passando por um assistente de apenas três telas — me lembro dos dois dias inteiros que levei na última vez que troquei de PC para PC, isso depois de levar quatro horas instalando o Windows Vista, na época.

A senhora minha mãe

Vocês vão perceber que a Baixinha (sim, ela tem 1,52m!) é a base de conhecimento para todas as analogias que faço — e que escrevo.

Outro dia escrevi um artigo que contava como a Baixinha tentava alcançar a setinha do mouse com o mouse (pois é, por algumas horas ela não sabia — eu não contei, lógico! — que a seta ERA o mouse).

Mas o mais importante aqui, e agora é sério, é que tudo isso acontecia em um Linux pré-embarcado em um computador CCE comprado nas Casas Bahia. Reparem que, para alguém que tentava alcançar o mouse com o mouse, usar um Linux não era o desafio, simplesmente por que a alfabetização digital não tinha referências. Ela não tinha os vícios do Windows (hoje, ela tem! :-/) e, portanto, não esperava nada diferente.

Da mesma forma, hoje qualquer criança de 2 ou 3 anos devora um iPhone ou um iPad em dois dias. Meu sobrinho de 3 anos já sabe o que é “swipe” e “loading”, mas ainda troca as fraldas três vezes ao dia.

Por outro lado, eu, mega-ultra-super-blaster nerd e entendedor de tecnologia (#NOT!), tive uma curva de aprendizado de quase dois meses quando me converti.

Portanto, se meus cálculos estiverem corretos (eles nunca estão), a “MacAlfabetização” não vai se consolidar apenas por conversão, mas principalmente por novas adesões. É só uma questão de tempo e da economia forte criada pelo ecosistema do Mr. Jobs (RIP) se manter.

Boa semana para vocês!

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