Desde que começou a vender o iPhone nos Estados Unidos, a AT&T tem batido recordes de faturamento e de conquista de novos assinantes mobile. É inegável que a parceria exclusiva com a Apple deu um novo ar à companhia — que não estava em maus bocados, mas não tinha absolutamente nada do que se gabar.
Embora ninguém saiba exatamente (1, 2) quando o seu contrato de exclusividade com a Apple acabará nos Estados Unidos, tudo indica que a tão esperada data (ao menos pelos que odeiam a AT&T) está chegando. Em um documento enviado recentemente à SEC norte-americana, a operadora já tratou de falar sobre o assunto.
É evidente que nenhuma empresa se jogaria para o fundo do poço por causa de algo do tipo, mas as palavras da AT&T, por mais que digam uma coisa literalmente, dão toda uma sensação contrária: para ela, o fim da parceria exclusiva com a Apple não surtirá nenhum impacto negativo na companhia. Detalhe: o iPhone é há tempos o telefone celular número um de vendas da AT&T.
A boa notícia, para a AT&T, é que a sua principal concorrente nos EUA é a Verizon Wireless — cuja rede wireless opera em CDMA. Independentemente do fim deste contrato de exclusividade, a Apple ainda terá que lançar uma nova versão do iPhone compatível com a rede da Verizon — ou seja, os clientes da AT&T não podem simplesmente trocar o chip de seus aparelhos atuais, sendo forçados a adquirir um novo.
Outro fator de tranquilidade, segundo o CEO Ralph de la Vega, é que 80%(!) dos clientes da AT&T estão “presos” a planos corporativos ou pacotes-família. Isso significa que a migração para outra operadora acarretaria um trabalho muito maior e demorado do que a simples troca de uma única linha.
Quem também deve estar preocupado com essa história toda é o Google. Com a abertura do iPhone para múltiplas telecoms nos EUA, o Android terá menos um motivo para atrair consumidores aos seus smartphones. A pergunta que fica é: será que a Apple dará conta da demanda?
[via WSJ.com]