Quem achou que a Nokia morreu está enganado. A Microsoft — que adquiriu a finlandesa no fim de 2013 abandonou a marca e passou a comercializar seus aparelhos sob o nome Microsoft Lumia. Mas parte da empresa finlandesa que não foi adquirida pela fabricante do Windows lançou hoje um novo produto: o tablet N1.
As especificações técnicas dele não fogem do que já estamos acostumados a ver por aí: tela de 7,9 polegadas (2048×1536 pixels), processador Intel Atom quad-core de 64 bits, 2GB de RAM, 32GB de armazenamento, bateria de 5.300mAh, Wi-Fi 802.11ac com tecnologia MIMO, Bluetooth 4.0, alto-falantes estéreo, duas câmeras (traseira de 8 megapixels e frontal de 5 megapixels), 6,9mm de espessura e 318g.
A primeira coisa que a gente faz, porém, é comparar com os iPads — afinal, os tablets da Apple são os líderes do mercado em todos os sentidos. E aí, meus amigos, as coincidências são bem grandes.
Um corpo unibody feito de alumínio, alto-falantes localizados na parte inferior do tablet (ao lado do conector Micro-USB 2.0 reversível), além de botões de volume/desligar e entrada para fones de ouvido posicionados exatamente nos mesmos locais dos iPads (especialmente do iPad Air 2, já que o N1 também não conta com o botão de silenciar/travar a rotação da tela). Resultado: apesar de ter uma tela menor, o visual dele ficou extremamente parecido com o do iPad Air 2.
Coincidência? Pode até ser — e eu acreditaria bastante nisso se o produto estivesse à venda agora (isso provaria que o N1 e o iPad Air 2 foram desenvolvidos/criados meio que simultaneamente). Só que o tablet da Nokia só chegará ao mercado em fevereiro de 2015 — começando pela China e depois se espalhando pelo mundo (não há ainda informações sobre a chegada dele ao Brasil).
E não, eu não estou dizendo que as empresas devem criar tablets redondos, triangulares ou algo totalmente diferente de um monobloco retangular para fugir do formato do iPad — existem vários tablets disponíveis no mercado que passam longe do aparelho da Apple seguindo essa receita de bolo antiga. Mas que tem gente (Xiaomi, Lenovo e, agora, Nokia) exagerando demais na inspiração, tem.
Vale notar que, como a Nokia não possui mais fábricas — tudo está agora nas mãos da Microsoft —, a Foxconn ficou responsável pela produção do N1. Será que um dia veremos novos smartphones sendo desenvolvidos por ela?
[via TechCrunch]
