Já falamos bastante aqui no site do ResearchKit [1, 2, 3], anunciado em 2015 pela Apple. No último evento especial da empresa, ela anunciou o seu “primo” (CareKit), o qual também já cobrimos. O que ainda não falamos, porém, é que a Apple começou a coletar dados dessas ferramentas para suas próprias pesquisas. Resumidamente, a empresa agora é um órgão pesquisador secundário — um nível abaixo de hospitais e universidades.
Alguns aplicativos que enviam dados para pesquisadores agora listam a Apple com um órgão que também pode receber essas informações — algo confirmado pela própria Maçã. Preocupante? Para alguns, sim. Mas, segundo a empresa, trata-se de um esforço para aprender e entender o desempenho e o papel da tecnologia presente em iPhones nestes estudos com base em aplicativos. Ou seja, como o avanço do próprio hardware do iPhone pode ajudar a avançar os estudos.
Nós aprendemos muito sobre o poderoso papel que iPhones e Apple Watches podem desempenhar em pesquisas médicas, e sabemos que há ainda muito mais que podemos fazer. Para alguns estudos do ResearchKit, a Apple será listada como uma pesquisadora, recebendo dados de participantes que permitiram o compartilhamento de seus dados, para que possamos participar com a comunidade de pesquisa na exploração de como a tecnologia pode melhorar a forma como as pessoas gerenciam sua saúde.
A empresa lembra ainda que, para receber esses dados, usuários devem ser maiores de 18 anos e precisam, obviamente, consentir o compartilhamento dessas informações primeiro com pesquisadores primários (hospitais e universidades); depois, caso queiram, podem também compartilhar com pesquisadores secundários (onde a Apple se encaixa). Usuários podem revogar o acesso aos dados a qualquer momento — a Apple destacou, porém, que as informações são criptografas, anônimas (a empresa não coleta informações como nome/sobrenome e localizações) e são armazenadas nos próprios servidores da Maçã — mais sobre a privacidade da empresa neste link.
Primeiramente, dois aplicativos já podem enviar dados para a Apple: o MoleMapper (que monitora a pele dos usuários) e o mPower (que monitora o Mal de Parkinson) — ambos indisponíveis na App Store brasileira.
Bem ou mal, esse movimento comprova que a Apple está migrando para outras áreas já que, na apresentação das plataformas, a empresa disse que não iria coletar os dados — ainda que seja para o avanço e o desenvolvimento dos seus próprios hardwares para, no fim, melhorar as pesquisas.
[via Mashable]