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iTunes Store pode extinguir compra e download de músicas em dois anos; Apple nega

O modelo original de negócios da iTunes Store, baseado na compra e no download de músicas, pode estar com os dias contados. Ou não. Fontes ligadas ao Digital Music News informaram que a Apple estaria planejando o fim do serviço num prazo de dois anos, para focar exclusivamente no segmento de streaming com o Apple Music, sua nova menina dos olhos.

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Segundo as fontes — que exigiram que suas declarações fossem coletadas pessoalmente, com medo da represália da Apple caso a Maçã descobrisse registros escritos ou gravados —, a empresa de Cupertino trata o fim das compras musicais na loja como uma questão de tempo, e só recentemente fixaram a data-limite de dois anos para abandonar o serviço.

iTunes 12

Considerado revolucionário à época da sua apresentação e uma das grandes sacadas da segunda vinda de Steve Jobs, o modelo de compra e propriedade de músicas ou álbuns inteiros foi um dos principais fatores que levaram o iPod ao status de ícone global de tecnologia e música. Hoje em dia, como bem sabemos, o ato de “comprar” músicas está em pleno declínio, sendo substituído gradativamente pelas alternativas de transmissão — nomeadamente Spotify, Apple Music e concorrentes.

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Os números mostram bem isso: segundo o analista da indústria musical Mark Mulligan, o download de músicas na iTunes Store era um segmento que valia US$3,9 bilhões em 2012, e, segundo previsões, valerá apenas US$600 milhões em 2019. No ano passado, as compras caíram 16%; neste ano, a previsão é que caiam mais 25-30%.

Por outro lado, o Apple Music está finalmente pegando fôlego e crescendo com vigor. Já são 13 milhões de assinantes do serviço e a previsão é que serão 20 milhões até o fim do ano. Mulligan prevê ainda que, em 2020, a receita da Apple proveniente do serviço de streaming superará aquela que ela obteve quando a compra de músicas estava no seu ponto máximo, em 2012.

Outro motivo para considerar o fim das vendas de músicas, afirma a reportagem, é evitar uma possível confusão de produtos dentro do segmento musical da Apple. Dentro do (insuportavelmente lotado) iTunes temos um exemplo claro disso: cada centímetro quadrado é perpetrado por diferentes opções de consumo musical. Eliminar a venda de músicas avulsas e se concentrar no Apple Music seria a melhor forma de simplificar o iTunes e toda a parte musical da Maçã.

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De acordo com as mesmas fontes, este desligamento poderia ser gradual, começando com poucos países e se espalhando pelo mundo com o tempo. A razão seria, é claro, a diferença da popularidade dos downloads de acordo com a região.

Todas as razões parecem absolutamente plausíveis mas, ainda assim, poucas horas depois da publicação da reportagem, Tom Neumayr (porta-voz da Apple) entrou no jogo. Numa rara ocorrência (para a Apple) de se pronunciar para desmentir um rumor, Neumayr falou para o Recode que os rumores do fim dos downloads na iTunes Store simplesmente “não são verdadeiros”, bem como as especuladas datas-limite para o seu término.

Essa declaração, obviamente, deve ser vista com desconfiança. A Apple possui contratos bilionários com gravadoras que faturam uma grana imensa com a venda de músicas no iTunes. Qualquer rumor de desligamento do serviço seria extremamente desanimador para essa indústria e prejudicial para a própria Apple — portanto, se algum dia nós testemunharmos o fim das vendas de músicas no iTunes, será um movimento absolutamente pensado, arquitetado nos bastidores por Tim Cook e sua turma. Por enquanto, se você gosta de “possuir” suas músicas, pode ficar tranquilo — ainda que passá-las adiante possa ser um enorme problema.

[via MacRumors]

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