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Apple Watch

Conectividade celular no “Apple Watch Series 3” não incluiria ligações telefônicas, apenas dados

Ming-Chi Kuo, o analista mais famoso e preciso do mundo Apple, está de volta com alguns pitacos sobre o suposto Apple Watch que será lançado pela Maçã ainda em 2017 — quem sabe junto do bendito “iPhone 8”. É bem verdade que Kuo falou recentemente sobre o “Apple Watch Series 3” (um mero chute de como deverá ser chamado a nova geração do relógio), mas o analista da KGI Securities achou por bem pontuar algumas outras coisas.

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eSIM

A primeira delas é bastante óbvia e até já foi comentada por nós em alguns artigos: ainda que o Apple Watch possa vir a ter conectividade celular, isso *não* significa que teremos uma bandeja para chip no relógio. Não. Primeiro porque não há espaço num dispositivo tão pequeno, compacto e com tantos recursos/sensores como o Watch; segundo porque já existe uma tecnologia chamada eSIM (chip embutido no hardware aparelho) para resolver esse problema — a Apple já utiliza algo assim nos iPads Pro que, apesar de terem uma bandeja para você colocar o chip da sua operadora, contam também com o Apple SIM.

O problema é que, como nem todas as operadoras suportam o eSIM ainda (aqui no Brasil, por exemplo, não é possível contratar planos de nenhuma delas utilizando o Apple SIM dos iPads Pro), a companhia teria que fazer muitos acordos para que o novo Apple Watch seja lançado com o terreno preparado para tal tecnologia. E se levarmos em conta o histórico da Apple em expansões/acordos globais desse porte, a notícia não é nada boa…

Conectividade celular

LTE

A ideia de um Apple Watch com conectividade celular é tornar o dispositivo cada vez menos dependente do iPhone. Hoje, você necessariamente precisa andar com o iPhone no bolso para tirar proveito de todos os recursos do relógio da Maçã.

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É possível correr com um Apple Watch e deixar o seu telefone em casa, por exemplo? Sim. O Apple Watch Series 2 conta com GPS e dá muito bem conta desse recado. Mas você não pode, por exemplo, baixar uma faixa do catálogo do Apple Music enquanto está na rua sem o seu iPhone; ou, quem sabe, receber e responder uma iMessage importante que foi enviada enquanto você estava na rua sem o seu smartphone. Um Apple Watch com conectividade celular abre algumas possibilidades para quem quer tornar o relógio mais relevante no seu dia-a-dia, abrindo cada vez mais mão do smartphone.

Kuo, porém, disse que a Apple poderá não suportar 3G no Apple Watch, deixando na jogada apenas a coletividade 4G/LTE. Segundo ele, isso simplificaria a antena e facilitaria o design interno do relógio. Para nós, brasileiros, algo assim poderá simplesmente tornar o uso do Apple Watch por aqui impossível, já que muitas áreas/regiões do país ainda não contam com suporte a 4G1Aqui em casa (num bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro), por exemplo, existe um buraco negro que impede a propagação de qualquer sinal de operadora — sorte minha que eu posso contar com o recurso Ligações Wi-Fi..

Com conectividade, sem telefone

Conectividade celular, no entanto, não quer dizer que você poderá substituir o seu iPhone pelo Apple Watch; não quer dizer que você poderá deixar o seu iPhone em casa, ir para o trabalho e receber/fazer ligações tranquilamente do seu relógio, à la Dick Tracy. Tecnologia para isso existe, mas não parece ser algo que a Apple queira implementar, segundo Kuo.

Dick Tracy

O que muito provavelmente veremos é suporte a ligações VoIP2Voice over internet protocol, ou voz sobre IP. — em outras palavras, ligações em FaceTime de áudio, Skype, Viber, WhatsApp (caso o Facebook crie um aplicativo do mensageiro para watchOS), etc.

O analista até acredita que o eSIM do Apple Watch compartilhará o mesmo número de telefone do iPhone, mas que a Apple deliberadamente não implementará nenhum recurso de ligações no relógio pois a empresa está dando prioridade à experiência do usuário, pensando primeiro em como melhorar a transmissão de dados. Assim, a possibilidade de você deixar o seu iPhone em casa e fazer/receber ligações do Apple Watch ficará para futuros exemplares do relógio.

Apesar do processo…

Apple e Qualcomm estão numa batalha daquelas nos tribunais. Mas isso não impedirá a Maçã de mais uma vez utilizar os chips da empresa, segundo Kuo. E o motivo para isso é o mais simples de todos: a tecnologia da Qualcomm seria melhor que a da Intel (um chip que ocupa menos espaço físico e consome menos energia).

Nada de Android

Por fim, como um Apple Watch com conectividade celular abre a possibilidade de um uso mais independente do relógio, muitos (e eu me incluo nessa) já pensaram que isso poderia ser uma boa notícia para usuários de Android. Mas, aparentemente, não.

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Ainda que a Apple possa vir a permitir uma configuração e até mesmo instalações de aplicativos sem a necessidade de termos um iPhone — tudo devidamente feito e gerenciado pelo relógio —, a integração do Apple Watch com o iPhone é enorme no que diz respeito à troca de informações. E, se um usuário de um smartphone Android optasse por usar o relógio da Maçã, seria interessante contar com um app no seu celular para também conseguir ter esse tipo de integração.

Mas, não. De acordo com Kuo, a Apple não tem intenção de desenvolver um app para Android do relógio — ao menos não por enquanto —, já que seria em difícil ter essa integração profunda encontrada no seu próprio ecossistema.

·   •   ·

E aí, animados com os rumores do reloginho?

via MacRumors

Notas de rodapé

  • 1
    Aqui em casa (num bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro), por exemplo, existe um buraco negro que impede a propagação de qualquer sinal de operadora — sorte minha que eu posso contar com o recurso Ligações Wi-Fi.
  • 2
    Voice over internet protocol, ou voz sobre IP.

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