O iPhone X foi lançado somente há algumas semanas e, agora, já passa a ser um bom candidato para figurar em diversas listas pelo mundo.
Para estrear, o aparelho acaba de entrar para o ranking da revista TIME, das “25 Melhores Invenções de 2017”, com o subtítulo “Um smartphone mais inteligente”.
Para Dan Riccio, vice-presidente sênior de engenharia de hardware da Apple, o iPhone X é, literalmente, um sonho tornado realidade. “Eu olho para o design como algo que realmente queríamos fazer desde o primeiro dia”, diz ele. É fácil ver o porquê: o X é sem dúvida o smartphone mais sofisticado do mundo, com uma tela que se estende de ponta a ponta, um processador otimizado para realidade aumentada e uma câmera inteligente o suficiente para permitir que os usuários desbloqueiem o telefone com o rosto. (Embora alguns desses recursos tenham chegado a dispositivos da Samsung e LG.)
Aproveitando a aparição do smartphone na lista, a revista aproveitou para conversar sobre ele tanto com Riccio quanto com o chefão de design da Apple, Jony Ive. Os executivos falaram sobre suas expectativas com relação ao aparelho e sobre como enfrentaram, como disse Ive, alguns “problemas extraordinariamente complexos” ao criá-lo.
Um dos problemas, de acordo com a revista, foi o desafio de saber como substituir o famigerado botão de Início (Home), que aparecia desde o primeiro aparelho, por longos dez anos. É claro, como sabemos, agora as interações com o smartphone são feitas por gestos, mas Ive conta que não foi fácil pensar em algo; ainda assim, a equipe lembrou dos desafios enfrentados anteriormente e não desistiu.
Prestar atenção ao que aconteceu historicamente, na verdade, ajuda a dar-lhe alguma fé de que você vai encontrar uma solução. A fé não é um substituto para a competência de engenharia, mas certamente pode ajudar a estimular a convicção de que você vai encontrar uma solução. E isso é importante.
Lembrando que a Apple tem uma “afeição” de se afastar de tecnologias antes que o restante do mundo o faça, a revista citou, junto do botão de Início, a decisão da empresa de se livrar da saída de 3,5mm para fones de ouvido, mais recentemente, e também do disquete, lá em 1998. Sobre isso, Ive chegou a dizer que se segurar a recursos a todo custo pode não ter um final feliz:
Na verdade, eu penso que o caminho de se segurar a recursos que tenham sido eficazes, o caminho de se segurar a eles a todo custo, é um caminho que leva ao fracasso. E, a curto prazo, é o caminho que parece menos arriscado, é o caminho que parece mais seguro.
Como chefe de design, é claro que o executivo iria puxar brasa para a sua sardinha. Ive demonstra seu orgulho nos pequenos detalhes que sequer o usuário chega a notar, mas exatamente isso é o que contribui para a melhor experiência.
Há certas coisas das quais você é muito consciente como usuário e outras coisas que você conhece, mas inconscientemente. Talvez o exemplo de algo inconsciente seja apenas o modo natural de como a tela do iPhone X está integrada ao aço inoxidável e ao corpo de vidro.
Riccio também se pronunciou sobre o aparelho; na verdade, o executivo falou especificamente do futuro dos smartphones da empresa, dizendo que o iPhone X “realmente nos prepara bem para os próximos dez anos”.
O discurso de Riccio faz muito sentido se lembrarmos do que já temos ouvido nos rumores não só dos próximos smartphones da Maçã mas também de iPads; se eles estiverem certos, parece realmente que o que veremos daqui para frente será uma longa jornada de aprimoramentos das tecnologias que integram o que hoje conhecemos como o iPhone X.