Eu sou um fiel usuário do Safari. A integração dele com o ecossistema da Apple, como a sincronização de favoritos com o iOS, o preenchimento automático de senhas e cartões de crédito, o recurso Lista de Leitura, o suporte aos atalhos de teclado, entre outras muitas coisas me agradam bastante. É claro que ele tem falhas e não é um navegador perfeito, mas eu ainda assim convivo muito bem com elas ao ponto de não sentir a necessidade de migrar para o Chrome ou para o Firefox.
Um das coisas que eu mais sinto falta — e que é amplamente criticada por usuários de um modo geral —, porém, é a falta de suporte a favicons. Para quem não sabe, favicons são pequenas imagens (normalmente de 16×16 pixels) que são implementadas pelos sites e mostradas nas abas dos navegadores para facilitar o reconhecimento do site em si (especialmente quando você tem muitas abas abertas numa única janela).
O Safari, infelizmente, não oferece suporte aos favicons. E como John Gruber (do Daring Fireball) muito bem colocou neste artigo, essa escolha Apple (seja por uma decisão estética ou qualquer outra) é um dos principais motivos que afasta usuários do navegador.
Após ler o artigo de Gruber, o desenvolvedor Daniel Alm decidiu tentar reverter essa situação e criou o Faviconographer.
Segundo Alm, o app Faviconographer solicita ao Safari uma lista de todas as abas visíveis (e suas posições) na janela atual e as URLs dessas abas. Em seguida, ele usa essas informações para buscar os ícones correspondentes no cache do Safari (WebpageIcons.db
) e os implementa na aba em questão do navegador. Conforme ele mesmo falou, trata-se de um hack — a solução mais limpa seria a Apple implementar os favicons no Safari —, mas que funciona surpreendentemente bem.
Ainda segundo Alm, o Faviconographer não hackeia o seu sistema, não injeta código em outros aplicativos ou manipula arquivos de sistema. Na verdade, ele nem exige acesso de administrador.
Há diversas limitações e problemas conhecidos no Faviconographer, como exibir apenas ícones para a janela Safari atualmente ativa e somente enquanto o Safari estiver em primeiro plano, atrasos na visualização dos favicons, entre outras coisinhas. Ainda assim, se você sente muita falta de algo assim mas não abre mão do Safari, está aí uma ótima alternativa — gratuita, é bom notar!