Nesta manhã, informamos que a Apple expandiu seu programa de reciclagem de iPhones nos Estados Unidos. Além disso, a companhia divulgou o seu Relatório de Responsabilidade Ambiental de 2019 [PDF, em inglês], relacionado ao ano fiscal de 2018, além de atualizar sua página de Meio Ambiente.
Como de costume, a Maçã destacou o uso de materiais reciclados e ainda menos poluentes, bem como a construção de dispositivos que consomem menos energia. Ademais, a gigante de Cupertino enfatizou sua preocupação com as mudanças climáticas e o uso de energias renováveis. Entre os principais resultados da Maçã, a empresa conseguiu reduzir 35% na pegada de carbono nos últimos três anos e diminuir o uso de materiais de extração, entre outros.
Em uma carta publicada com o relatório, a vice-presidente de iniciativas ambientais, políticas e sociais da Apple, Lisa Jackson, relembrou que a Apple atingiu sua meta de operar totalmente com energia renovável há apenas um ano, mas que esse trabalho continua de acordo com o crescimento da empresa e de suas fornecedoras, as quais se comprometem cada vez mais à filosofia ambiental da gigante de Cupertino.
A VP da Apple também ventilou a próxima fase do trabalho da Maçã no âmbito das políticas ambientais para melhor reutilizar materiais na fabricação de gadgets, como divulgamos mais cedo. Nesse sentido, a executiva destacou que as carcaças dos novos MacBooks Air e Macs mini são feitas com alumínio 100% reciclável, tornando a Apple “pioneira em um futuro em que não é preciso extrair materiais preciosos da Terra para fabricar produtos”.
Criar soluções poderosas para levar a humanidade adiante exige inovação implacável. Resolvendo fazer isso sem precisar de recursos preciosos do planeta significa impor a nós mesmos e a nossos fornecedores padrões cada vez mais altos. Sabemos que realizar esse trabalho exigirá de todos os nossos melhores esforços. Na Apple, estamos comprometidos em construir produtos e serviços inovadores com a missão de deixar nosso mundo melhor do que nós o achamos.
A Apple ressaltou, ainda, uma série de iniciativas que a aproximam ainda mais da sustentabilidade, incluindo redução do uso de plástico (48% menos em relação a 2015), expansão de novos laboratórios para recuperação de materiais e lançamento de programas de trade-in. Quanto à missão para “fabricar produtos sem tirar [materiais] da Terra”, a destacou três áreas principais:
- Mudança climática: nós assumimos a responsabilidade pelas emissões associadas às nossas próprias operações, assim como todo o ciclo de vida de todos os nossos produtos e acessórios.
- Recursos: acreditamos na conservação dos recursos da Terra ao operar nossas instalações e fabricar nossos produtos.
- Química mais inteligente: acreditamos que nossos produtos devem ser seguros para qualquer um que os fabrica, usa ou os recicla.
A gigante de Cupertino também se orgulha do fato de não utilizar substâncias químicas potencialmente nocivas, ou mesmo perigosas (como mercúrio, retardantes de chama bromados, PVC, berílio, chumbo em solda e arsênio) na fabricação de nenhum produto. No Apple Watch, por exemplo, a Maçã limitou a exposição ao níquel, um metal que pode provocar reações alérgicas.
Tão importante quanto isso seja, talvez, a fabricação de dispositivos com maior longevidade, como ressaltado no relatório.
Você conta com o seu dispositivo dia após dia. Por isso, projetamos nossos produtos com materiais duráveis, os suportamos com atualizações contínuas do sistema operacional e os tornamos mais fáceis de serem consertados se algo acontecer. Porque quanto mais tempo um dispositivo está em uso, melhor usamos os recursos da Terra.
É, quanto a isso, há controvérsias. Sim, a Apple oferece seus sistemas operacionais mesmo para dispositivos de anos atrás; sim, eles são no geral bastante duráveis; mas não, a maioria dos produtos recentes dela é totalmente selada e impossível difícil de consertar — como nós mesmos vemos nos teardowns da iFixit. Dá para melhorar muito, nesse sentido.
Confira o Relatório de Responsabilidade Ambiental completo da Apple aqui.