O melhor pedaço da Maçã.
Senha sendo digitada num iPhone

Perito do FBI chama engenheiros da Apple de “babacas” e “gênios do mal” por continuarem aprimorando a segurança do iPhone

A eterna disputa entre a Apple e o FBI não é uma que deve ser levada na brincadeira — existem argumentos convincentes e sólidos dos dois lados, tanto o que defende a segurança e o direito à privacidade do consumidor acima de qualquer coisa (como diz a Apple) como o que afirma que, em alguns casos, é necessário quebrar essa proteção para que crimes sejam solucionados e investigações possam prosseguir (como defende o FBI).

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Agora, entretanto, um perito do órgão de inteligência americano pegou um pouco pesado demais. De acordo com o Motherboard, o especialista em segurança forense do FBI Stephen Flatley não foi nem um pouco amistoso com as iniciativas de segurança da Apple numa conferência internacional de ciber-segurança realizada na quarta-feira passada (10/1). Nas palavras de Flatley, os engenheiros da Maçã são “babacas” e “gênios do mal” por tornarem o seu trabalho e o dos seus colegas mais difícil.

Até que ponto eles estão somente tentando tornar as coisas mais seguras e não tentando prejudicar o cumprimento da lei?

Como exemplo, o perito trouxe uma novidade implementada recentemente pela Apple que torna o processo de decifrar uma senha por força bruta muito mais lento. A Apple recentemente aumentou o número de mudanças de hash de 10.000 para 10.000.000, fazendo com que a taxa de senhas tentadas diminuísse de 45 por segundo para uma a cada 18 segundos. “Seu tempo para crackear o dispositivo saltou de dois dias para dois meses”, disse Flatley.

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O especialista continuou, perguntando “até que ponto eles estão somente tentando tornar as coisas mais seguras e não tentando prejudicar o cumprimento da lei?” Nas palavras dele, “a Apple é muito boa nessas coisas de gênios do mal”.

Por fim, Flatley ainda elogiou a Cellebrite, empresa israelense de extração de dados que é o braço direito do FBI no desbloqueio à força de iPhones — foi ela que auxiliou o órgão no desbloqueio do iPhone 5c do atirador de San Bernardino, no caso que representou o estopim do conflito da Apple com os agentes da lei.

As declarações do perito não são, de forma alguma, uma exceção dentro do FBI: no início dessa semana, o diretor da agência, Christopher Wray, já tinha classificado a criptografia dos smartphones como um “problema de segurança pública urgente”. Ou seja: muita água ainda vai rolar nesse rio até que o impasse chegue a uma solução (será que isso vai acontecer algum dia). Opiniões?

via Cult of Mac

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