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Apple avisa: novo Mac Pro chegará apenas em 2019

Há um ano, em abril de 2017, a Apple convidou a imprensa para confirmar algo muito esperado pelo público profissional: a empresa estava trabalhando em um novo computador desktop totalmente modular (a fim de corrigir uma falha no design no atual modelo) e num novo monitor para ser utilizado com a nova máquina (vendido separadamente, é claro). Ela não deu um prazo, porém, para a dupla chegar ao mercado, apenas indicando que isso não aconteceria em 2017 (o que automaticamente fez o mundo acreditar em 2018).

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A Apple, contudo, tem demorado no desenvolvimento de seus produtos (foi assim com os AirPods e com o HomePod; sem falar nos novos AirPods — com estojo de carregamento sem fio — e na base de carga sem fio AirPower, que até agora não viram a luz do dia). E agora, mais um para a conta: de acordo com o TechCrunch, o aguardado novo Mac Pro não chegará neste ano!

Mac Pro (2013)
O “atual” Mac Pro.

Matthew Panzarino conversou com as pessoas responsáveis por conduzir a estratégia para produtos profissionais da Apple (John Ternus, vice-presidente de engenharia de hardware; Tom Boger, diretor sênior de marketing de produtos de hardware para Macs; Jud Coplan, diretor de marketing de produtos de aplicativos de vídeo; e Xander Soren, diretor de marketing de produtos de aplicativos de música) e teve acesso a demonstrações da maneira como a Apple está abordando a capacidade de atualização, de desenvolvimento dos seus aplicativos profissionais e como ela mudou o seu processo para entender melhor como os tais profissionais realmente usam os seus produtos.

E foi aí que ele teve a derradeira notícia de que o novo/aguardado desktop não chegará ao mercado antes de 2019.

Queremos ser transparentes e nos comunicar abertamente com nossa comunidade profissional, portanto queremos que eles saibam que o Mac Pro é um produto para 2019. Não é algo para este ano.

Sabemos que atualmente há muitos clientes que estão tomando decisões de compra no iMac Pro e se perguntando se devem ou não esperar pelo Mac Pro. É por isso que a Apple quer ser a mais explícita possível agora, se os compradores institucionais ou outros grandes clientes estão esperando para investir seus orçamentos digamos, em iMacs Pro ou outras máquinas, eles devem fazer isso sem se preocupar com a ideia de um Mac Pro aparecendo no final do ano.

Equipe de fluxo de trabalho profissional

Demonstrando que de fato os usuários profissionais ainda recebem a atenção que merecem, Panzarino contou que a Apple criou uma equipe dentro do prédio que abriga o seu grupo de produtos profissionais. Chamada “equipe de fluxo de trabalho profissional” e liderada por Ternus, o grupo trabalha em estreita colaboração com a organização de engenharia. As “baias” das pessoas que trabalham com Final Cut Pro, por exemplo, estão a algumas portas de distância dos engenheiros encarregados de fazê-lo funcionar bem com o hardware da Apple.

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Nós dissemos na reunião do ano passado que a comunidade profissional não é uma coisa só. É muito diversificada. Existem muitos tipos diferentes de profissionais e, obviamente, eles vão muito fundo no hardware e no software, e estão levando tudo ao limite. Então, uma coisa que você precisa fazer é se engajar com os clientes para realmente entender as suas necessidades. Porque queremos fornecer soluções profissionais completas e não apenas entregar um grande hardware — o que estamos fazendo, como fizemos com o iMac Pro. Mas temos que olhar tudo holisticamente.

Isso, todavia, não é algo fácil. A Apple quer que seus arquitetos sentem com clientes reais e entendam o seu fluxo, vendo o que eles estão fazendo em tempo real. Só que, embora os clientes da Maçã geralmente sejam muito receptivos, nem sempre é fácil conseguir isso pois muitos acabam trabalhando com conteúdo proprietário. Um exemplo é John Powell, usuário do Logic Pro que está trabalhando no novo filme da franquia “Star Wars” focado no personagem Han Solo — tal conteúdo, é claro, é altamente secreto até a estreia da produção.

A solução? Simplesmente começar a contratar esses criativos — alguns deles sob um contrato de duração determinado; outros, como empregados de tempo integral. 😱 Eles, sem dúvida, são perfeitamente capazes de testar hardware e software e apontarem pontos que podem causar frustrações e decepções entre usuários profissionais.

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A ideia, segundo Ternus, era começar focado e depois aumentar a equipe e as disciplinas ao longo do tempo:

Também nos concentramos em efeitos visuais, edição de vídeo, animação 3D e produção musical. E nós trouxemos talentos incríveis, realmente mestres do ofício deles. E agora eles estão sentados e construindo fluxos de trabalho internamente com conteúdo real e realmente procurando quais são os gargalos. Quais são os pontos de sofrimento. Como podemos melhorar as coisas? E então, nós pegamos essa informação onde a encontramos, falamos com a nossa equipe de arquitetura, com os nossos arquitetos de desempenho, realmente detalhamos e descobrimos onde está o gargalo. É no sistema operacional que está nos drivers, é no aplicativo, é no silício e, em seguida, o analisamos tudo para corrigi-lo.

A Apple, então, passou de “apenas projetar Macs e softwares” para projetar um fluxo de trabalho e realmente entender todos as etapas do processo. “Como construímos o hardware, o firmware, o sistema operacional, o software e temos essas relações estreitas com terceiros, podemos atacar em todos os lados e realmente descobrir onde estamos, onde podemos otimizar o desempenho”, disse Boger.

Futuro Mac Pro

Os planos para o futuro

A noção de um computador desktop modular já permeia o pensamento da Apple há tempos. Ora, foi isso que motivou a criação de um novo Mac Pro em prol de uma estrutura limitada, como a atual. Essa nova forma de trabalho gerada pela equipe de fluxo de trabalho profissional, contudo, está influenciando bastante a arquitetura e os planos da Apple para o futuro da sua linha profissional — não se limitando ao Mac Pro e se estendendo também a outros computadores, como o próprio iMac Pro, o iMac normal e o MacBook Pro. “Há uma necessidade absoluta de modularidade em certos lugares. Mas também é claro que o formato do iMac ou do MacBook Pro podem ser ferramentas excepcionalmente boas”, afirmou Ternus.

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Em suas andanças pelos laboratórios da Apple — e numa demonstração de modularidade que muitos não imaginam — Panzarino viu, por exemplo, um iMac Pro com dois iPads Pro conectados a ele, permitindo controle direto, atalhos e acesso ao Logic enquanto se está mixando uma música no dispositivo principal. Ele também viu uma eGPU com um MacBook Pro editando um vídeo com resolução 8K com gradação de cor e efeitos aplicados.

O que sabemos agora é que o Mac Pro será modular e está sendo moldado pelo feedback desses profissionais internos e por conversas externas com desenvolvedores e usuários profissionais — e que muito provavelmente *não* ouviremos nada sobre a máquina na keynote da Worldwide Developers Conference (WWDC) 2018, em junho próximo.

O papo de Panzarino com a Apple, pelo visto, deixou de fora informações sobre o monitor — um projeto muito mais simples e fácil de se concluir do que o de um novo computador desktop modular. Mas, levando em consideração que ele é peça fundamental para o Mac Pro, mesmo o monitor ficando pronto antes do computador é altamente provável que tudo seja lançado em conjunto no ano que vem.

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