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Spectre-NG: nova vulnerabilidade é encontrada em processadores da Intel, da AMD e da ARM

Até a fase dos 14 nanômetros, vinha tudo correndo superbem. Mas desde que a Intel estreou a sua arquitetura de processadores de 10 nanômetros, em 2016, sua vida tem sido um verdadeiro inferno.

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Para colocar um pouco em perspectiva, já aconteceram vários atrasos no seu roadmap de desenvolvimento de processadores e houve o famoso relatório do Project Zero (do Google), em janeiro, apontando as falhas conhecidas hoje como Meltdown e Spectre.

A Apple também está contribuindo com essa fase, principalmente com os seus estudos para usar processadores próprios para sua linha de desktops e notebook, o que prejudicaria ainda mais o cenário da Intel — seus competidores avançam cada vez mais ao mesmo tempo que o próprio mercado de PCs perde relevância para os dispositivos móveis (um mercado que a Intel está longe de ser líder).

A cereja no bolo de problemas enfrentados pela empresa é a recente revelação de outra vulnerabilidade de CPU1Central processing unit, ou unidade central de processamento. noticiada no último dia 7 e que vem sendo chamada de Spectre-NG. Sobre isso, a Intel emitiu um comunicado nesta semana assumindo o problema:

Proteger os dados dos nossos clientes e garantir a segurança dos nossos produtos são prioridades críticas para nós. Trabalhamos rotineiramente com clientes, parceiros, outros fabricantes de chips e pesquisadores para entender e mitigar quaisquer problemas identificados, e parte desse processo envolve a reserva de blocos de números CVE. Acreditamos fortemente no valor da divulgação coordenada e compartilharemos detalhes adicionais sobre quaisquer possíveis problemas quando finalizarmos as mitigações. Como prática recomendada, continuamos incentivando todos a manter seus sistemas atualizados.

No momento, tanto os pesquisadores quanto a Intel se reservam o direito de não divulgar mais informações até para que seus usuários sejam protegidos de ataques mal-intencionados. Nesse cenário, a Intel usará o prazo de 90 dias dado pela equipe do Project Zero para trabalhar em correções, porém sabe-se que a magnitude desse brecha de segurança pode estar na mesma escala das vulnerabilidades originais do Meltdown e Spectre — e a Intel já está preparando patches para esse problema de acordo com fontes ligadas à equipe de pesquisadores.

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Até o momento, o que se sabe é que essa vulnerabilidade, na realidade, é composta por um conjunto de oito(!) falhas de segurança — todas causadas pelo mesmo problema de design dos processadores Intel, mas cada uma com uma forma diferente de ser explorada.

Dessas oito vulnerabilidades, internamente a Intel classificou quatro como de alto risco, enquanto as outras quatro foram classificadas como risco médio. Em sete das oito vulnerabilidades, é esperado um comportamento semelhante ao encontrado na falha Spectre, porém a oitava vulnerabilidade é a que está tirando o sono da Intel.

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Aparentemente essa oitava está representando uma ameaça muito maior do que o próprio Spectre em si, já que ela poderia permitir que um invasor iniciasse um ataque em uma máquina virtual e, a partir dela, acessar outras instâncias de máquinas virtuais rodando no mesmo servidor físico. Isso seria possível devido à tecnologia da Intel chamada Software Guard Extensions não ser “Spectre-free” — em função disso, com o ambiente comprometido haveria o risco de interceptação de senhas e chaves de criptografias transmitidas entre essas instâncias de máquinas virtuais no mesmo servidor físico, representando assim um problema muito maior que os das falhas divulgas em janeiro deste ano.

Espera-se que até julho tenhamos as correções e um aviso oficial descrevendo todos os problemas; enquanto isso não acontece, a Intel recomenda a todos que mantenham os seus sistemas o mais atualizados possível.

Notas de rodapé

  • 1
    Central processing unit, ou unidade central de processamento.

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