Uma prática conhecida como “name squatting” é notória em relação a URLs: basta surgir um boato que, digamos, a Apple vai lançar o iWhatever, que logo alguém corre e registra o domínio iwhatever.com
para depois vendê-lo por uma quantia alta. Isso passou a acontecer também com apps, pois qualquer pessoa com US$100 para torrar por ano podia reservar um nome indefinidamente, sem jamais enviar um binário para a App Store. Destaque para a palavra “podia”.
Uma das muitas mudanças que ocorreram nesta quinta-feira foi o a entrada em vigor de uma restrição para evitar que desenvolvedores inescrupulosos reservem nomes de apps sem intenção de publicá-los de fato. A imagem acima mostra um email (nomes fictícios) que está sendo enviado para desenvolvedores com apps registrados em etapas preliminares de publicação por mais de 90 dias. O aviso dá um prazo de 30 dias até que algum binário seja enviado para aprovação, ou então o nome escolhido ficará disponível para outros desenvolvedores.
A intenção é louvável, mas há dois problemas nesta solução. Um deles é que o desenvolvedor malicioso pode simplesmente mandar um binário qualquer para aprovação e, sendo ele rejeitado, o prazo seria reiniciado… ou não? É complicado. Outra dor de cabeça é o fato de um app complexo, que precise de mais de 120 dias para ser finalizado, não ter nenhuma garantia de reserva de nome até estar perto de ser concluído — a não ser que a Apple aceite abrir exceções para projetos em andamento.
A mudança é bem-vinda, mas, como toda novidade, talvez precise de uma sintonia fina antes de ser considerada ideal.
[via TechCrunch]