Comemorando a marca de absurdas 10 bilhões de transações já registradas pelo Apple Pay, Tim Cook apresentou a mais nova face do serviço: o Apple Card, um cartão de crédito focado em simplicidade, transparência e segurança.
O Apple Card foi totalmente criado pela Maçã e traz todas as vantagens de quem está totalmente inserido no ecossistema da empresa. Por exemplo, ele é totalmente integrado ao iPhone: não há necessidade de esperar dias para que ele chegue; basta se cadastrar e começar a usar imediatamente pelo celular ou pelo Apple Watch (em locais onde o Apple Pay é aceito), na internet ou em apps.
A interface do cartão é muito simples e mostra as informações essenciais — extrato, fatura e tudo mais — de forma clara e interativa. A Apple usa aprendizado de máquina para entender os locais onde você usou o cartão e listá-los de uma forma intuitiva e segura: os gastos são classificados por cores de acordo com a categoria, e a Apple faz um gráfico de despesas para que você controle seu dinheiro com mais habilidade.
Outro recurso muito interessante é o de suporte: usuários do Apple Card podem entrar em contato com a equipe do cartão pelo iMessage, para tirar dúvidas, negociar pagamentos ou simplesmente buscar informações.
Além disso, o Apple Card traz um programa de benefícios chamado Daily Cash: a cada compra realizada no cartão, você recebe uma pequena quantia de volta, que você pode usar da forma que quiser — seja para pagar sua fatura, usar no Apple Pay ou enviar para seus amigos no Apple Pay Cash. Quando você usa o Apple Card, você recebe de volta 2% de todo o valor gasto; em compras realizadas na Apple (seja em suas lojas físicas e online, App Store ou iTunes Store), essa porcentagem sobe para 3%. O valor diário do cash back é ilimitado.
A Apple também criou um sistema intuitivo para que o usuário entenda exatamente como controlar as dívidas. Uma interface simples ajuda o cliente a estimar quanto terá de pagar de juros caso adie o pagamento da fatura, e a integração com o calendário do sistema torna esse processo mais simples. É possível, por exemplo, pagar o Apple Card várias vezes por mês, em vez de apenas uma única.
Outra boa notícia: o Apple Card não tem nenhuma anuidade, taxa de atraso, de limite ou de uso internacional. A Apple também quer oferecer taxas de juros entre as menores da indústria. Mesmo se você deixar de pagar, não haverá multa — e sim métodos alternativos de quitar a dívida.
O Apple Card é produto de uma parceria com o banco americano Goldman Sachs, e sua bandeira é Mastercard. Um dos focos do cartão é a privacidade: o número do cartão é armazenado na Secure Enclave do Apple Pay, e cada pagamento gera um código único e aleatório, dando mais segurança ao usuário. Todas as compras são autenticadas com o Face ID ou o Touch ID, e nem a Apple nem seus parceiros saberão o que você comprou, quando você comprou e quanto você pagou. Toda a análise é feita localmente no dispositivo do usuário, não nos servidores da Apple.
Felizmente, a Apple pensou também em uma alternativa para locais onde o Apple Pay ainda não é aceito: um cartão físico, extremamente Apple-like — todo branquinho e clean, feito de titânio e com caracteres gravados a laser. Não há número, código de segurança, validade ou assinatura — as informações estão disponíveis no seu smartphone. Com o cartão físico, o Daily Cash é de apenas 1%.
O Apple Card chegará aos EUA no verão do hemisfério norte, ainda sem uma previsão para outros territórios do mundo. Eu já quero!