Há alguns meses, a Apple passou a oferecer novas opções para usuários que quisessem exportar ou corrigir dados das suas respectivas contas da Maçã, desativá-las temporariamente ou mesmo apagá-las de forma definitiva — tudo isso em uma ferramenta acessível e fácil de usar incluída na página “Dados e Privacidade” da empresa.
A movimentação não foi exatamente gratuita e sim uma forma de a Maçã cumprir novas regras da União Europeia, as quais exigem que as empresas detentoras de dados dos usuários ofereçam justamente recursos para que os consumidores exportem e/ou apaguem esses dados facilmente a qualquer momento. Por isso, inicialmente, a ferramenta da Maçã foi lançada apenas em países da UE; agora, ela está começando a se expandir.
A partir de agora, usuários dos Estados Unidos, do Canadá, da Austrália e da Nova Zelândia também terão acesso às novas ferramentas de controle de privacidade. Caso você seja residente de algum desses países, o processo é bem simples: basta fazer o login nesta página com o seu ID Apple e navegar pelas opções oferecidas — a Maçã promete cumprir todas as solicitações em até sete dias úteis, dependendo do volume de informações solicitadas.
Para acompanhar a expansão (e o lançamento dos novos produtos e sistemas da empresa, com vários novos recursos de segurança), a Apple tratou de atualizar também a sua página de Privacidade listando várias das novidades trazidas recentemente para assegurar a proteção da identidade e dos dados dos usuários.
Temos seções falando sobre a criptografia de ponta a ponta do FaceTime, a privacidade diferencial e as novas diretrizes para desenvolvedores da App Store; novos recursos, como o Tempo de Tela, são destacados como formas simples de controlar o uso que você e seus filhos fazem dos dispositivos da empresa. Até mesmo o Apple Music foi citado (segundo a Maçã, o serviço adiciona como amigos apenas os contatos que você seleciona, e não toda a sua agenda).
A Apple também aproveitou a oportunidade para falar das suas ferramentas de autenticação biométrica, o Face ID e o Touch ID, bem como lembrar que toda a infraestrutura de inteligência artificial da empresa é baseada em coprocessadores incluídos nos próprios aparelhos — ou seja, nenhuma informação precisa ser enviada aos servidores da Apple para ser interpretada; tudo ocorre localmente, de forma segura e impenetrável.
No fim das contas, a ação é mais um passo da Apple na construção dessa imagem positiva que a empresa (no geral) tem em relação à privacidade do usuário. Se na prática as coisas são belas desse jeito, claro, é outra história — como sempre, é bom que exerçamos nosso senso crítico e não saiamos depositando todos os nossos dados em uma companhia gigantesca de um trilhão de dólares. Certo?
via TechCrunch