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Cinco gigantes da tecnologia perderam o equivalente ao PIB da Arábia Saudita em seis semanas

Muito tem se falado sobre a queda vertiginosa das ações da Apple nas últimas semanas, que pode ou não ser motivada por um desinteresse, que ninguém comprovou ainda, dos consumidores em relação aos novos iPhones. É bom notar, entretanto, que a Maçã não está sozinha nessa espiral descendente.

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A Fortune publicou hoje uma matéria ilustrando como o grupo das cinco gigantes tecnológicas americanas consideradas mais promissoras perdeu, em menos de um mês e meio, uma soma maior que o PIB da Arábia Saudita em termos de valor de mercado.

O grupo, comumente apelidado de FAANG e composto por Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google, perdeu de forma combinada US$728 bilhões em valor de mercado — mais que o PIB da Arábia Saudita (US$683 bilhões, em 2017) e mais que um terço do PIB do Brasil (US$2 trilhões no mesmo ano). Como as perdas foram quase proporcionais aos seus respectivos valores de mercado, a Apple foi a que viu suas ações caírem com mais força — vejam quanto cada uma perdeu em market cap:

  • Apple: US$231,06 bilhões
  • Amazon: US$220,67 bilhões
  • Google: US$138,22 bilhões
  • Facebook: US$89,95 bilhões
  • Netflix: US$48,11 bilhões

Todas as empresas perderam mais que 20% do seu valor de mercado no último mês e meio, mas, de todas, a queda da Apple é realmente a mais formidável: como lembrou o Cult of Mac, a empresa perdeu nas últimas seis semanas um valor maior do que toda a soma em valor de mercado acumulada nos seus primeiros 30 anos como empresa com ações na bolsa (foi apenas em 2010 que a Maçã ultrapassou os US$230 bilhões em valor de mercado).

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Aparentemente, o tombo também está contribuindo para a queda das outras empresas — o analista financeiro Jim Cramer afirma que “o mercado não vai se estabilizar até que a Apple se estabilize”, por exemplo. O problema é que ninguém sabe quando isso acontecerá: o banco Goldman Sachs, por exemplo, cortou o preço-alvo para as ações da Maçã para US$182, afirmando que há um “risco material” de a empresa não atingir as estimativas de desempenho divulgadas na sua última conferência de resultados financeiros.

Outra das companhias acima que está em maus lençóis é o Facebook: além do cenário geral de cautela que se instalou rapidamente no mundo da tecnologia, a gigante de Mark Zuckerberg ainda tem que se preocupar com problemas próprios deveras urgentes, como a possibilidade de mais sanções de governos ao redor do mundo ou medidas regulatórias que impeçam seu crescimento por conta das polêmicas recentes. Um dos primeiros investidores da rede, Jason Calacanis, afirmou que esse pode ser o início da derrocada da empresa, nos moldes da AOL ou do Yahoo.

Quanto tempo as gigantes levarão para colocar o barco de volta em seu curso original — se é que isso será possível —, e quais artifícios elas utilizarão para isso, são perguntas que permanecem sem resposta. Teremos que aguardar para ver.

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