O melhor pedaço da Maçã.
Refinaria de petróleo Ras Tanura, da Saudi Aramco | Crédito: Reuters
Saudi Aramco

Petrolífera saudita bate a Apple e é a empresa mais lucrativa do mundo

Ainda que a Apple não seja hoje a empresa mais valiosa do mundo, é inegável que a cada trimestre, quando ela divulga seus resultados financeiros, nos surpreendemos como iPhones, iPads, Macs, Apple Watches e outros produtos — além, é claro, dos serviços que ela oferece hoje — podem gerar tanto dinheiro. São bilhões em lucro, uma soma de verdinhas que deixa outras empresas enormes do setor no chinelo.

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Mas e se eu lhes disser que a Apple não foi a empresa mais lucrativa de 2018? Você arrisca dizer quem conseguiu a proeza de gerar mais bufunfa que a Maçã? Se você pensou em petróleo, acertou. Mas será que foi a PetroChina, que ficou sob o holofote ao ser reconhecida por muitos como a primeira empresa a valer US$1 trilhão? Não. A proeza veio da Arábia Saudita e leva o nome de Saudi Aramco, como informou a CNBC.

De acordo com os dados financeiros divulgados pela estatal, ela teve um lucro de US$111 bilhões em 2018, deixando a Apple bem atrás com seus US$59,5 bilhões. Para termos uma ideia do que isso representa, a Saudi Aramco lucrou mais do que JP Morgan Chase, Google/Alphabet, Facebook e Exxon Mobil… juntas (essas empresas lucraram quase US$106 bilhões em 2018)!

Em 2018 ela produziu 10,3 milhões de barris de petróleo por dia, atingindo um faturamento de incríveis US$355,9 bilhões. É a primeira vez que números da empresa são compartilhados; a Saudi Aramco começou como um empreendimento americano (uma concessão de direitos petrolíferos na Arábia Saudita), mas foi totalmente adquirida pelo governo saudita em 1980. Tais números foram compartilhados agora pois a empresa emitirá seus primeiros títulos em mercados internacionais.

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“Eu diria que isso nos diz que a Aramco vale pelo menos US$1 trilhão”, disse Ellen Wald, presidente da Transversal Consulting e autora de “Saudi Inc.”, um livro sobre a história corporativa da Aramco.

O problema é que, como estamos falando de um empreendimento governamental (e o governo saudita é uma monarquia), as coisas são para lá de nebulosas. Quer um exemplo? A Aramco pagou US$58,2 bilhões em dividendos em 2018, mas ninguém sabe ao certo como eles são distribuídos, como apontou o 9Finance.

E com um início de ano financeiramente desanimador — as previsões não são as melhores possíveis —, é praticamente impossível vermos a Apple brigando com a Saudi Aramco para ser a empresa mais lucrativa do mundo em 2019.

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