Não faz nem um mês que a Apple anunciou seu serviço de streaming de vídeos (o Apple TV+) e ele já tem um outro (grande) concorrente: a Disney.
Nesta semana, a companhia do famoso produtor cinematográfico americano anunciou sua investida no mercado de vídeos sob demanda com o lançamento do seu aguardado próprio serviço, o Disney+.
O serviço estará disponível a partir do dia 12 de novembro, nos Estados Unidos, por US$7 mensais (ou US$70 anuais), e a Disney afirma que “expandirá rapidamente sua disponibilidade em todo o mundo”, com planos de lançá-lo em toda a América do Norte, na América do Sul, na Europa e na Ásia-Pacífico até 2021. Infelizmente, a previsão oficial para a América Latina (incluindo Brasil) é somente entre o final de 2020 e início de 2021, mesmo.
A empresa detalhou, ainda, alguns dos conteúdos que serão disponibilizados no serviço a partir do aplicativo do Disney+, o qual abrigará não só as produções originais da gigante do cinema, mas também o conteúdo das suas marcas de entretenimento, incluindo Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic.
Quanto ao app, podemos dizer que a interface do Disney+ (incluindo a versão para a web) se assemelha à versão “antiga” do app Apple TV, com as principais produções (ou mais recentes) em destaque no topo, e as marcas da empresa separada por blocos seguido pelo carrossel de filmes e séries.
O app, inclusive, provavelmente estará disponível por meio de “distribuidores tradicionais de aplicativos, sendo a Apple um deles”, de acordo com o CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da Disney, Robert Iger. Além das plataformas da Apple (iOS e tvOS, pelo menos), o diretor disse que os usuários poderão se inscrever para o Disney+ pelo Roku e pelo PlayStation, mas se absteve de nomear outros produtos e serviços.
2Chief executive officer, ou diretor executivo.Vale notar que Iger compõe o conselho de administração da gigante de Cupertino desde 2011, e apesar dos burburinhos de que o executivo poderia deixar a Maçã por conflito de interesses, ele afirmou para a Bloomberg que está ciente de sua “responsabilidade para com os acionistas da Apple como membro do conselho”.
Além de disponibilizar suas maiores produções, a Disney anunciou que todas as 30 temporadas de “The Simpsons” serão incluídas no catálogo do serviço, bem como programas exclusivos da Fox e mais de 7.500 episódios de televisão e 500 filmes. Durante o primeiro ano, o Disney+ ganhará, ainda, mais de 25 séries originais e 10 filmes, incluindo documentários e especiais (confira a lista completa de novidades aqui).
Com o lançamento do Apple TV+ previsto para o outono (do hemisfério norte), ele poderá ser disponibilizado na mesma época que o Disney+. Como sabemos, a Apple não forneceu uma data de lançamento específica do seu serviço de streaming, mas disse que ele será lançado entre setembro e dezembro.
A Maçã também ainda não anunciou nada sobre quanto cobrará pela assinatura do Apple TV+, então certamente os US$7 mensais do Disney+ colocarão uma pressão não só sobre ela, mas principalmente sobre a Netflix que custa hoje US$13 mensais nos EUA. A briga será boa — até porque, embora os conteúdos entre os serviços sejam distintos, apenas uma parcela de usuários estará disposta a pagar assinaturas mensais por todos eles.
via TechCrunch
Notas de rodapé
- 1Chief executive officer, ou diretor executivo.
- 2Chief executive officer, ou diretor executivo.