A briga entre o Spotify e o Apple Music é grande, mas é indubitável que o serviço sueco já se consolidou em diversas plataformas e países ao redor do mundo. Prova disso é que o Spotify atingiu a marca de 100 milhões de assinantes globalmente, como anunciado hoje durante a divulgação dos resultados fiscais da empresa referentes ao primeiro trimestre de 2019.
Com isso, a empresa confirmou que o seu número de assinantes pagos cresceu 32% no último ano. No geral, o serviço conta com 217 milhões de usuários ativos mensais (abrangendo não pagantes) em 79 países — incluindo a Índia, onde estreou em fevereiro passado e já acumula mais de 2 milhões de usuários.
O Spotify atestou que há diversas razões por trás do crescimento durante o primeiro trimestre deste ano, a exemplo de parcerias com empresas como Samsung, Hulu e Google. Nos Estados Unidos, por exemplo, o serviço de streaming oferece uma opção de assinatura em conjunto ao Hulu (com comerciais limitados), sem nenhum custo extra.
No Reino Unido e na França, o Spotify dá a assinantes do plano familiar um Google Home Mini — oferta que deverá continuar até 14 de maio próximo. Nesse caso, o serviço conferiu a importância dos alto-falantes inteligentes no consumo de músicas e podcasts, recurso incluído em outubro passado na plataforma. Sobre as ofertas, o Spotify disse que planeja continuar buscando oportunidades para expandir sua presença em outros mercados.
Financeiramente, no entanto, a situação do Spotify é mais complexa. Ainda que a receita por assinaturas (€1,5 bilhão, ou R$6,6 bilhões) tenha superado as estimativas dos analistas, os EPS1Earnings per share, ou ganhos por ação. fecharam (ainda mais) negativos, atingindo €0,79 (~R$3,47).
Para o ano inteiro, o serviço sueco estima que o número de usuários ativos mensais crescerá de 18% a 28%, para 245-265 milhões de pessoas. O número de assinantes pagos deverá subir até 32%, para 127 milhões, e a receita deverá crescer 29%, podendo atingir €6,8 bilhões (~R$29,8 bilhões).
Em comparação ao Apple Music, o Spotify tem agora o dobro de assinantes. Nos EUA, contudo, o serviço da gigante de Cupertino ultrapassou o rival no começo deste ano, graças ao constante crescimento do serviço por lá.
Veremos se essa expansão continua (ou não) após a divulgação dos resultados fiscais referentes ao segundo trimestre fiscal da Maçã, que sairão amanhã.
via The Verge
Notas de rodapé
- 1Earnings per share, ou ganhos por ação.