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Seu iPhone já foi invadido? Aparentemente, é impossível saber

No início da semana, uma grave vulnerabilidade no WhatsApp (que já foi corrigida) trouxe mais uma vez à tona o assunto da segurança digital e o questionamento do quão protegidos estamos com os nossos smartphones e dispositivos eletrônicos em geral.

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Aproveitando o gancho, a Motherboard publicou uma reportagem fazendo a seguinte pergunta: como determinar se um iPhone já foi hackeado ou invadido de alguma forma num momento anterior? Bom, aparentemente a resposta é frustrante: é basicamente impossível — e justamente por conta dos recursos de segurança do iOS.

De acordo com o pesquisador de segurança Stefan Esser, existem muitas vulnerabilidades no iOS ainda não descobertas pela Apple, mas já de amplo conhecimento de terceiros (os chamados 0-day exploits) no submundo da invasão de iPhones e iPads. A razão para a maioria dessas vulnerabilidades continuar desconhecida do grande público (e, portanto, sem um conserto por parte da Apple) é justamente a forma com que o iOS é construído, impedindo uma análise completa da sua integridade.

Outro pesquisador — Claudio Guarnieri (da Anistia Internacional) — nota a ironia que há no fato de que existem mais dispositivos para desbloquear iPhones (como as de empresas infames como a Cellebrite e a Grayshift) do que ferramentas que agem do outro lado, detectando se aparelhos já foram invadidos e, com isso, ajudando consumidores.

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Em 2016, Esser construiu um aplicativo para iOS cuja função era justamente tentar detectar invasões ou jailbreaks maliciosos e não solicitados pelo usuário; a Apple, entretanto, baniu o app da sua plataforma. Especialistas concordam que, sem realizar o jailbreak de um iPhone ou iPad, é quase impossível analisar sua integridade ou possível histórico de invasões.

Outro pesquisador, que não quis se identificar, classificou o iOS como um ambiente “rico em bugs” e criticou a estratégia da Apple de fechar totalmente o sistema a tudo, inclusive análises externas de profissionais. Segundo ele, o método é efetivo para manter longe do sistema ataques “comuns”, como os vírus de baixa ou média periculosidade populares no Windows, mas é “contraproducente contra ataques profissionais” — já que estes passam despercebidos da maioria e não podem ser pesquisados em dispositivos comuns.

Será que o caso da Apple deixar o iOS um pouquinho menos seguro para, paradoxalmente, torná-lo mais seguro?

via The Loop

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