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Movimento de boicote à Apple cresce na China em meio a guerra comercial

Tim Cook em evento da Apple com a bandeira da China ao fundo

Pouco a pouco, a “guerra fria comercial” entre Estados Unidos e China vai escalando para níveis que pareciam impensáveis há menos de dois anos — e com as gigantes de tecnologia pegas bem no epicentro do fogo cruzado.

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Na última semana, falamos aqui sobre a nova taxa de 25% que o Governo Trump passou a cobrar de novas categorias de produtos — incluindo certos acessórios da Apple, como cabos e carregadores — importados da China. Comentamos ainda a possibilidade de esse imposto se estender também para iPhones e outras linhas principais da Maçã num futuro próximo.

Ao longo do fim de semana, outra polêmica estourou quando o Google, motivado por um decreto de Trump, anunciou que encerraria negócios com a Huawei e impediria que a fabricante chinesa tivesse acesso à sua versão do Android, ao Google Play ou às atualizações do sistema — pondo, desta forma, um enorme ponto de interrogação no crescimento da companhia que lançou alguns dos melhores smartphones dos últimos anos e estava num caminho sólido para tirar da Samsung o título de maior fabricante de smartphones do mundo.

Recentemente, um outro lado dessa disputa surgiu, evidenciado numa reportagem publicada pelo BuzzFeed News: cada vez mais, consumidores chineses têm manifestado posições anti-americanas e, especificamente, anti-Apple em suas redes sociais e nas próprias práticas de consumo. Uma rápida analise no Weibo (o “Twitter chinês”) mostra uma enxurrada de usuários criticando as ações do governo Trump e incentivando o favorecimento de empresas locais — como a Huawei — em detrimento da Maçã.

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Uma das postagens destacadas pela reportagem resume bem o sentimento que cresce entre os chineses:

As funções nos smartphones da Huawei são tão boas ou até melhores que nos iPhones. Se nós temos alternativas tão boas para smartphones, por que ainda estamos comprando da Apple?

Outros usuários compartilharam opiniões parecidas, afirmando, por exemplo, que estão culpados por terem iPhones ou que optarão por um smartphone chinês na próxima troca de aparelho. Uma sugestão de boicote à Apple é frequentemente vista nas postagens do site: “Trump não deixa as empresas negociarem com a Huawei, então não vamos comprar Apple. Nós não deveríamos comprar nenhum telefone que use peças da Qualcomm, também.”

As notícias, claro, não são animadoras para a Apple, que vê mais um movimento negativo em um dos seus principais mercados. A empresa já reduziu os preços de iPhones na China por três vezes consecutivas para acelerar a venda dos aparelhos, mas as tensões entre os EUA e o País da Muralha não deverão contribuir em nada para um prospecto de crescimento lá do outro lado do mundo.

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É bom notar que esse não é o primeiro boicote (ou tentativa, ao menos) sofrido pela Maçã na China: em dezembro passado, várias companhias do país pediram que seus empregados não comprassem produtos da Apple, também em apoio à Huawei. Não se sabe se a ação foi responsável direta pela queda de Cupertino no país asiático, mas certamente essa é mais uma peça num jogo que está se mostrando cada vez mais desfavorável para a Maçã.

Vamos ver quais serão os próximos capítulos dessa história.

via 9to5Mac

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