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E o Google Reader tomou o lugar do NetNewsWire

Há dois dias o Google lançou a nova versão do Reader e prometi que faria uma briga direta entre ele e meu até então leitor de RSS, o NetNewsWire. De cara, a maior diferença entre os dois é que o primeiro é um agregador online — serviço que se enquadra perfeitamente na chamada nova era web 2.0 — e o segundo é um software que roda localmente no meu Mac. Essa discrepância é fundamental para que as pessoas possam escolher qual a melhor solução para o seu dia-a-dia, já que ambas as possibilidades possuem suas vantagens:

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Ícone do NetNewsWireAo rodar um aplicativo local, você tem total controle sobre como deseja armazenar os dados obtidos através dos seus feeds. O NetNewsWire, por exemplo, permite que eu guarde desde somente os dados que estão no ar no feed atual ou até mesmo optar por nunca apagá-los. O limite, é claro, é o espaço disponível no meu HD: não que isso venha ao caso, já que feeds são constituídos basicamente de texto, o que não ocupa muito espaço em disco.

Outra vantagem é a velocidade de uso: depois de atualizados, como os feeds estão disponíveis localmente, todas as ações são instantâneas. É o mesmo que você acessar um webmail ou visualizar seus emails no Mail.app ou Outlook. Uma das novidades que possibilitou o avanço de serviços tão complexos como o novo Reader na web foi a disseminação da tecnologia AJAX — na verdade, a união de algumas tecnologias já existentes, que aprimorou muito a performance desses aplicativos carregando dados dinamicamente e apenas quando necessário. Antes, a cada comando tínhamos que esperar o navegador atualizar toda a página novamente e recarregar todos os seus elementos. Hoje isso mudou, melhorou bastante, mas ainda assim não chegam à performance que se obtém rodando um programa localmente.

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O que muda quando você passa a utilizar um agregador online é, pra começar, a possibilidade de você acessá-lo de qualquer lugar e de qualquer computador. Agora eu não mais tenho que ficar preso ao meu Mac (que nem é um laptop, o que é pior) para obter todas as novidades das dezenas que sites que tenho cadastrados. Mais que isso, como o serviço é centralizado, ele fica recebendo notificações de atualizações constantemente: ao rodar um aplicativo local, você escolhe de quanto em quanto tempo deseja que ele contacte os servidores para atualizações e, caso o seu computador esteja desligado, por exemplo, você poderá perdê-las.

Logo do Google ReaderO Google Reader, porém, ainda não é perfeito. Eu já estou enchendo o saco dos desenvolvedores dele e enviei alguns emails criticando algumas coisas e pedindo algumas adições de recursos.

Um dos recursos que o NetNewsWire me oferece que estou sentindo falta no Reader — e acredito que seja um dos mais importantes que abordarei — são as notificações de modificações nos próprios posts que já li. Atualmente, pelo que pude observar, o Reader só notifica-nos de novidades através da listagem de novos posts. Caso um post antigo seja editado, não somos notificados. Isso não acontece no NetNewsWire: os posts aparecem novamente como não lidos, e se você selecionar algum para ver um preview do post verá que novos textos aparecem em verde e textos removidos de posts aparecem cortados e em vermelho. Ótimo para acompanhar mudanças importantes em assuntos que esteja acompanhando nos seus sites preferidos.

Outra coisa que me faz falta e diz respeito às possibilidades que softwares rodados localmente nos oferecem é a opção de eu setar de quanto em quanto tempo desejo que meus feeds sejam atualizados. O Google Reader hoje não oferece qualquer preferência do tipo, e nem especifica quando eles são atualizados. Queria também, além disso, poder atualizar qualquer um dos meus feeds manualmente, caso precise. Com o NetNewsWire posso fazer tudo isso.

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O legal de agregadores RSS é que cada pessoa acaba criando a sua forma de acompanhar as novidades. Uma das coisas que me acostumei a fazer foi acessar a homepage dos sites que acompanho sempre que muitas novidades aparecem no feed — em vez de visitar cada post individualmente. Quando faço isso no NetNewsWire, ele automaticamente marca todos os posts como lidos, o que considero correto. No Reader, isso ainda não acontece.

Por fim, um detalhe bem simples que deve ter passado desapercebido pelos desenvolvedores do Reader é uma opção de facilmente marcar qualquer ítem como não-lido, caso eu queira lê-lo mais tarde e não queira perder o lembrete que o agregador me proporciona. Atualmente, ele só permite que marquemos todos os posts como lidos, mas não podemos selecionar um ou mais deles e dizer que ainda não lemos.

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Outras coisas muito legais do Reader:

  • Possibilidade de compartilhamento de feeds com amigos — você pode tornar qualquer uma de suas assinaturas pública, quando quiser.
  • Interface muito similar ao Gmail. Quem já usa o serviço de emails gratuito do Google, irá se sentir em casa.
  • Atalhos de teclado. O mais legal de todos é o G+U, que abre um seletor de assinaturas por cima da tela: todos os seus sites são listados lado-a-lado e você pode digitar as primeiras letras do que quiser ler, de forma que ele vai filtrando os resultados dinamicamente. Muito legal, o efeito visual é demais.
  • Visão de ítens “expandida”: os posts aparecem todos já abertos, um em cima do outro, facilitando bastante a leitura.
  • Divisão de assinaturas por pastas. Isso o NetNewsWire também tem, mas é fundamental em qualquer serviço deste tipo e foi ótimo o Google ter implementado nesta nova versão do Reader.

Essa é a minha abordagem inicial sobre este novo e remodelado serviço do Google, que apesar dessas observações chegou arrebentando e já tomou lugar do NetNewsWire. Já li por aí que o Bloglines pegou a onda do lançamento e fez algumas modificações no seu serviço também, que é hoje o agregador online mais utilizado no mundo. Pessoalmente não gostei muito dele quando decidi fazer testes comparativos ao NetNewsWire, tal como este que fiz com o Reader. Sou a cada dia mais fã do Google.

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