O mercado de telefonia celular japonês registrou uma movimentação muito grande de assinantes recentemente e o iPhone 3G é visto como um dos grandes responsáveis por isso. A novidade vai de encontro a rumores que indicavam que o aparelho não seria bem recebido no país.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Tech-On!, a SoftBank Mobile — operadora exclusiva do iPhone 3G no Japão — conquistou 215.400 das 391.500 novas ativações de aparelhos no Japão no mês de julho — mais da metade do total.
A operadora concorrente KDDI concorda com o “efeito iPhone”, revelando que o número de consumidores migrando para outra operadora superou o de imigrantes pela primeira vez na sua história, em julho. “Nossa oferta de aparelhos não é atrativa o suficiente”, afirmou a assessoria de imprensa da KDDI.
O iPhone só chegou ao Japão na sua segunda geração porque lá não existe o serviço GSM 2G. Pioneiros no desenvolvimento das redes móveis 3G há cerca de uma década, os próprios japoneses optaram por “pular” a segunda geração.
A desconfiança sobre o sucesso do produto no país deve-se ao fato de que concorrentes oferecem recursos atualmente inexistentes na oferta da Apple, como leitura de códigos de barra QC, o chip “FeliCA” da Sony para compras em vending machines e a facilidade de entrada de caracteres japoneses, como o “emoji”, um novo conjunto de caracteres pictográficos que muitos japoneses consideram essencial na troca de mensagens instantâneas.
Suas lindas interfaces, excelente usabilidade e o famoso “efeito halo do iPod” são fatores indicados como fundamentais para o sucesso da Apple no Japão. Muitos consumidores criticam a dificuldade de uso de produtos que se gabam por serem mais completos na oferta de recursos.