É difícil dizer até quando essa história perdurará, mas, ao que tudo indica, ela realmente não está perto de um fim (ou de um começo): no início desta semana, a Adobe anunciou que levaria o Flash Player 10 a uma série de smartphones, mas não para o iPhone.
Todos sabemos que o assunto é tratado de maneira delicada desde que o produto da Apple chegou ao mercado, mas a parceria entre as duas empresas não parece estar dando muito resultado.
O pessoal de Cupertino tem interesse na plataforma, é claro, mas ela precisa ser realmente benéfica para o iPhone e não pode comprometer a experiência do usuário, por isso as exigências são muito fortes para a Adobe. Esta, por sua vez, precisa dos consumidores do iPhone para continuar crescendo de forma acelerada.
Outro aspecto preocupante para a Apple é que muitos dos aplicativos disponíveis na App Store podem ser facilmente portados e colocados dentro de uma interface em Flash, podendo assim ser hospedados livremente na web. Abrir a possibilidade de perder esse tipo de controle certamente não está nos planos de Steve Jobs — e, é claro, de Tim Cook, que comanda a empresa atualmente.
No começo de fevereiro, Shantanu Narayen, CEO da Adobe, afirmou que colocar o Flash no iPhone é “um desafio técnico bem difícil, e é por isso que a Apple e a Adobe estão trabalhando juntas. A bola está no nosso campo. O ônus de entregá-lo é nosso.”
Ainda assim, a concorrência está acirrando e, se ambas conseguirem chegar a um denominador comum, certamente todos sairão ganhando: a Apple oferecerá um produto ainda mais completo e livre de falhas, a Adobe mergulhará em mais um mercado de massa e nós, consumidores, ficaremos felizes da vida.