Em meados de maio, comentamos a reunião de Tim Cook (CEO da Apple) com John Boehner (Presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos), no Capitólio (Washington, D.C.).
Há alguns dias, o Fortune Tech trouxe mais informações sobre este encontro e, diferentemente do que pensávamos, ele não abordou o montante de dinheiro da Apple que se encontra hoje no exterior, ou qualquer outro recente “problema” da empresa, como o processo aberto pelo Departamento de Justiça (Department of Justice, ou DoJ) dos Estados Unidos, as investigações da International Trade Commission pela suposta violação de patentes da Motorola ou qualquer outra coisa.
A reunião teve um único propósito: conversar com políticos como Boehner [foto acima], Harry Reid (lider da maioria do Senado) e Mitch McConnell (lider da minoria do Senado), deixando claro que eles agora têm uma “linha direta” com o CEO da Apple — Cook tentou conversar também com Nancy Pelosi (dos Democratas), mas ela estava voltando de uma viagem oficial ao Afeganistão.
“Foi um ato de abrir uma linha de comunicação”, disse um assessor sobre a reunião. “Mas foi um primeiro passo para o que espero que seja um relacionamento crescente. Eles não se tornaram melhores amigos em uma reunião.”
Ainda de acordo com uma fonte, o encontro foi bem ao estilo Apple: “Eles ficaram quietos e focados, não houve declaração pública, nenhuma conferência de imprensa, tudo sem alarde, assim como a empresa, que é focada em design de produto e em resultados.”
Ao contrário de Jobs, Cook tem um forte interesse pessoal por questões de política, reconhecendo que o CEO de uma empresa como a Apple pode desempenhar um papel importante em questões envolvendo o governo. Ainda assim vale ressaltar que, mesmo com este novo comportamento, a empresa ainda é uma das que menos investe em lobbying, conforme já mostramos aqui no site.