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Data Center na Carolina do Norte permitirá à Apple cortar o uso de serviços da Akamai e da Limelight

SystemX, conjunto de Xserves da Virginia TechOntem, comentamos aqui no MacMagazine sobre possíveis justificativas que fariam a Apple construir um data center de US$1 bilhão (com um monte de incentivos fiscais) no estado norte-americano da Carolina do Norte, e uma das possibilidades citadas era usá-lo para expandir as capacidades dos serviços da empresa, especialmente aqueles ligados à iTunes Store e ao seu site de trailers.

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Coincidentemente ou não, o blog Silicon Alley Insider afirmou hoje que o novo espaço marcaria o início de uma atuação ainda maior dela como provedora independente de conteúdo, citando como fontes pessoas que trabalham dentro do campus de Cupertino.

Nada que foi citado no artigo sobre o assunto acontecerá em curto prazo — até porque o data center levará um bom tempo para ser erguido e entrar em operação. Mas parece que o projeto fará a Apple usar cada vez menos recursos de empresas terceirizadas para armazenar e distribuir conteúdo de vários tipo, algo que vem sendo tarefa da Akamai e da Limelight nos últimos anos.

Não se sabe exatamente o que será distribuído nos novos servidores, mas se a estratégia for semelhante à aplicada por empresas como Microsoft e Google, será basicamente conteúdo multimídia, especialmente vídeos para a iTunes Store ou esquemas de distribuição on demand. No segundo caso, provavelmente ela tentará popularizar a sua nova tecnologia de streaming HTTP, que está integrada ao QuickTime X, foi proposta como padrão para a IETF e já está sendo usada em transmissões ao vivo pelo iPhone.

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Mesmo com um data center próprio em funcionamento, os servidores da Apple não atendem a toda estrutura de armazenamento e distribuição de certos conteúdos que ela administra em seus serviços: parte deles é hospedada nos domínios que citei acima, inclusive as keynotes que assistimos esporadicamente e outros vídeos que a empresa distribui por streaming. Trabalhar em um maior e construído do zero acabaria com a necessidade de recorrer a outras empresas, a fim de buscar hospedagem e larga distribuição para esses arquivos “públicos”, isto é, que vão ser acessados por um número alto de pessoas.

Para a Akamai e a Limelight, perder um cliente como a Apple devido a isso seria um abalo e tanto aos seus negócios, ainda mais porque as duas começaram a trabalhar com a tecnologia HTTP que a Apple adotou na estratégia multimídia do Snow Leopard. E mais: como ela está se unindo à Microsoft e ao Google na lista de empresas que adotaram data centers próprios e centralizaram sua distribuição de informações pela web, o que acontecerá com os serviços terceirizados que fazem isso, caso essa moda pegue de vez?

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