O que passa pela cabeça dos diretores da Apple Corps (favor não confundir com a Inc.)? Entendo que as gravadoras tenham receio da distribuição digital, mas estamos falando do grupo com o maior sucesso na história da música.
Por que, após criar uma demanda sobre a possível chegada do catálogo de músicas dos Beatles em formato digital para o início de setembro, alguém decidiria voltar atrás e declarar de que esse talvez não seja o momento adequado, como nos trouxe à tona o 9 to 5 Mac?
Publicar um press release informando que os estudos tangentes à distribuição digital do catálogo terão continuidade não é um pouco demais, não?
O grupo conquistou fãs apaixonados e dedicados em diversos países e gerações. A grande maioria deles já possui todos os álbuns já lançados, e por certo entre aqueles que possuem reprodutores de MP3, definitivamente converteram as músicas para o formato digital.
Se um dia a Apple Corps puser à venda o catálogo do grupo na iTunes Store da Apple Inc. — pondo um fim à disputa idiota e sem sentido entre as empresas —, os fãs irão comprar novamente os discos. E eu diria até que o projeto Cocktail é a melhor aposta para que o timing não seja perdido.
Quem gosta de música, de verdade, não vai deixar de aproveitar para adquirir encartes digitais, com todos os extras que nos acostumamos a encontrar em edições especiais. Mas também não espera sentando por gravadoras, nem executivos que não os respeitam. Quer um exemplo? Lembre-se do que aconteceu com o astro Michael Jackson, cuja popularidade na loja de músicas estourou logo após a sua morte.
Essa demora desnecessária só frustra quem já gasta muito dinheiro com os artistas. Espero que eles comecem a perceber isso, antes que as novas gerações esqueçam quem foram os quatro rebeldes de Liverpool. 😉