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Audacity nega ser spyware e mudará política de privacidade após polêmica

A explicação foi dada, mas a polêmica continua
Audacity

Ontem, falamos aqui sobre a controvérsia em torno do Audacity, um dos editores de áudio mais populares do mundo. Após ser adquirido por uma outra empresa, o software passou a capturar dados sensíveis (como o endereço IP do usuário) e compartilhá-los com terceiros, como autoridades e parceiros comerciais. As práticas fizeram com que o aplicativo passasse a ser considerado um spyware pela FOSS Post.

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Pois hoje, o Muse Group — empresa que adquiriu o Audacity em abril passado — resolveu se pronunciar sobre o tema, negando que tenha transformado o software numa ferramenta de coleta de dados sensíveis. No GitHub, o chefe de estratégia do Muse, Daniel Ray, afirmou que não faz parte da estratégia comercial da empresa saber nada sobre seus usuários.

Ray explicou que as novas políticas de privacidade do Audacity foram “escritas por advogados e para serem entendidas por advogados”, não por usuários comuns, e atribuiu a polêmica ao emprego incorreto de termos no documento. Segundo o executivo, a política será reescrita nos próximos dias para refletir, de forma mais clara, as novas práticas de coleta de dados do software.

Explicando cada ponto da política de privacidade, Ray deixou claro que nenhum dado pessoal do usuário será vendido a terceiros, e os tipos de dados coletados são limitados — basicamente, endereço IP, informações básicas do sistema e, opcionalmente, relatórios de erros. Sobre o compartilhamento de dados com autoridades, isso é feito somente sob ordens judiciais ou em países que requerem esse tipo de prática.

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O executivo afirmou também que as mudanças foram necessárias, de um ponto de vista legal, porque o Muse Group pretende lançar atualizações do software de forma muito mais frequente, numa base quase semanal — anteriormente, o Audacity era atualizado muito mais esporadicamente, às vezes passando anos sem um update sequer. Segundo Ray, alguns dados precisam ser coletados para que o Audacity avise os usuários das atualizações automáticas.

Por fim, ele explicou que a nova política de privacidade entrará em ação somente na próxima atualização do Audacity, a 3.0.3 — a versão atual, 3.0.2, ainda não está submetida às novas regras de coleta de dados. Vale notar que quem utilizar o software somente offline não precisará aceitar a nova política, pois nenhum dado será coletado.

Apesar da explicação, usuários do Audacity e a comunidade de desenvolvedores no GitHub ainda não estão satisfeitos: muitos afirmam que a política vai contra os princípios do software livre, e que as mudanças estimularão a criação de bifurcações (forks) extraoficiais do aplicativo.

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Vejamos, portanto, os próximos capítulos dessa história.

via PCMag

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