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Telas mirasol, da Qualcomm, fazem e-ink e displays Pixel Qi parecerem pré-históricos

Sinto muito, Mary Lou, meu coração geek não pertence mais à tecnologia de telas transflectivas da Pixel Qi. Fui completamente arrebatado pelo brilho das asas de uma borboleta — o que é duplamente efetivo, pois eu sou biólogo. Nada mais importa, agora que estou irremediavelmente apaixonado pelas telas mirasol, apresentadas pela Qualcomm.

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O que você vê acima não é uma tela LCD com iluminação traseira, nem é uma tela e-ink, como dá pra notar pelas cores. A técnica empregada pela fabricante de semicondutores é engenhosa e elegante: através de um sistema mecânico, a luz ambiente é refletida pela tela de forma organizada para provocar a sensação cromática, assim como a Mãe Natureza faz há milhões de anos com asas de lepidópteros e a superfície de pérolas. Vantagens? Autonomia que bate até um Kindle — para navegação leve e leitura de livros/revistas, o gadget da Amazon dura 7,3 dias, enquanto o da Qualcomm alcança 8,6.

Ah, e mais uma coisa: vídeo em cores a qualquer momento — ao contrário do que a Pixel Qi oferece à luz do sol. Prepare seu coração para o vídeo a seguir:

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[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=KndnA8IfYFk[/youtube]

Estou completamente estarrecido com essa tecnologia e espero que a Qualcomm seja mais inteligente do que simplesmente produzir um ereader próprio até o outono do hemisfério norte e acabar debaixo de um montinho constituído por Apple, Amazon, Sony e, possivelmente, LG.

Não, eu não acredito que eles vão ser idiotas a ponto de querer introduzir mais um gadget que vai depender de mais uma loja online vendendo conteúdo em mais um formato proprietário e com mais um sistema de DRM. Muito mais maquiavélico inteligente seria patentear, aprimorar e lucrar profanamente licenciando os displays para Apple e Amazon se matarem no aspecto de software e ecommerce.

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Antes de terminar, dois poréns que maculam displays mirasol. Por contarem com a refração da luz para exibir cores (e como dá pra notar no vídeo acima), qualquer variação no ângulo da tela faz a fidelidade de cor ir pro espaço. Outra coisa é que o gadget de demonstração é bem pequeno para os padrões atuais, especialmente se pensarmos no iPad e no Kindle DX como referência. Espero que este seja apenas um primeiro passo para depois oferecer displays maiores, mas temo que a causa para a pequenez seja física e correlacionada ao primeiro problema que citei.

Afinal de contas, não se pode ter tudo. Um iPod touch com bateria que dura uma semana está fora de cogitação?

[via Los Angeles Times]

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