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Review: sistema mesh D-Link COVR-1102

COVR-1102

Há muuuitos anos, eu comprei um AirPort Time Capsule 802.11ac (de 2TB) e, junto a um mais antigo ainda AirPort Express 802.11n (aquele de 1ª geração), criei uma rede que dava conta do recado na minha casa.

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Eu me mudei — a família cresceu — e esses dois AirPorts deixaram de me atender. Foi aí que resolvi experimentar o sistema mesh da D-Link, chamado COVR-1102.

COVR-1102

O que é uma rede mesh?

Se você não faz ideia do que é uma rede mesh, eu resumirei aqui: estamos falando basicamente de uma rede Wi-Fi mais inteligente, que usa dois ou mais pontos adicionais para criar uma única rede na sua casa, que na teoria cobre toda a área útil.

A ideia é que o sinal seja distribuído de forma uniforme por todo o espaço; ao andar pela casa com o seu iPhone, por exemplo, o telefone vai se conectando automaticamente ao ponto mais próximo sem sofrer perda ou atraso de sinal.

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E como os diversos pontos fazem essa gestão de forma automática, não importa se estamos falando de um Mac ou um iPhone com grandes capacidades de conectividade ou uma balança inteligente que só opera na frequência de 2,4GHz, no padrão 802.11ac: todos os produtos se conectarão facilmente.

Especificações

O sistema que eu estou testando suporta conexões de até 1.200Mbps (mais do que suficiente, já que a minha banda larga é de 240Mbps) e vem com dois pontos COVR que cobrem — na teoria — até 325m² com sinal Wi-Fi estável.

YouTube video

Ele tem ainda integração com o Google Assistente e com a Alexa (para você fazer coisas como ligar/desligar o Wi-Fi da rede de convidados, verificar as credenciais de login e reiniciar o sistema — tudo por comandos de voz) e conta com um app para que você faça a configuração da rede pelo próprio iPhone ou aparelho Android.


Ícone do app D-Link Wi-Fi
D-Link Wi-Fi de D-Link Corporation
Compatível com iPhones
Versão 1.4.7 (297.1 MB)
Requer o iOS 12.1 ou superior
GrátisBadge - Baixar na App Store Código QR Código QR
Screenshot do app D-Link Wi-FiScreenshot do app D-Link Wi-FiScreenshot do app D-Link Wi-FiScreenshot do app D-Link Wi-FiScreenshot do app D-Link Wi-Fi

As unidades contam com uma porta WAN Gigabit e uma LAN Gigabit, além da entrada para a fonte de energia (bivolt). São duas antenas por unidade, que suportam os padrões 802.11ac/n/g/a/b nas frequências de 2,4GHz (até 300Mbps) e de 5GHz (até 866Mbps) de forma simultânea.

COVR-1102

Ele conta ainda com recursos avançados como multicast support, MU-MIMO, wireless roaming, wireless band steering e wireless air time fairness (ATF), além de permitir senhas no padrão WPA/WPA2 ou WPA2/WPA3.

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A caixa do produto vem com das unidades COVR, duas fontes de alimentação, um cabo de rede Ethernet, um cartão de instalação e um guia de instalação.

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Os interessados podem visualizar as especificações completas do produto nessa página.

Configuração

A configuração do D-Link COVR-1102 é bem fácil e simples, de verdade. Você conecta o cabo do modem ao roteador, liga tudo na tomada, baixa o app oficial (acima), segue as instruções na tela (configurando nome da rede senha, entre outras coisas) e… pronto. Tudo funcionará como esperado.

Esse vídeo explica bem como é o processo, veja só:

YouTube video

Você também pode configurar tudo pelo Mac/PC, pela página covr.local, o que também é igualmente simples e fácil.

Depois que a configuração estiver feita, dificilmente você ficará entrando no app ou no painel de administração para fazer alguma coisa. As únicas duas coisas que eu fiz aqui foram ativar uma rede de convidados, com uma senha mais simples/fácil (dando acesso apenas à internet mesmo), e programar a busca e a instalação de novas atualizações de firmware dos roteadores para a madrugada.

Claro que existem outros recursos a serem explorados, como um controle parental no qual você define horários específicos que as crianças podem acessar a internet (por dispositivo), checar quais aparelhos estão conectados à rede, entre outras coisas. Como o meu uso é mais simples, não fiz questão de configurar nada disso.

É possível, ainda, compartilhar um código QR da rede principal e da rede para convidados com seus contatos, para que eles se conectem sem precisar digitar senhas nem nada.

Aqui, um alerta: algumas vezes, ao tentar abrir o app, os dispositivos não eram detectados, me forcando a fechar o app e abrir novamente para conseguir acessar o painel de configuração. Provavelmente um bug qualquer, mas que é bom saber pois você poderá passar por isso, caso invista nesse sistema.

Problemas

Com esse sistema mesh, eu queria resolver dois problemas na minha casa.

Rede única

O primeiro deles tem a ver com a rede unificada. Antes, eu até tentei fazer isso com os meus AirPorts mas, ainda que eu tivesse conseguido criar uma rede só usando os dois roteadores, essa troca entre eles não era inteligente pois o sinal do roteador da sala chegava ao meu quarto — bem baixo, mas chegava. E aí, o meu iPhone nunca fazia essa troca inteligente para o roteador do quarto — que é ligado ao da sala por um cabo Ethernet.

Agora, tudo funciona perfeitamente bem. Ao entrar no quarto e olhar para a tela do iPhone, eu vejo o sinal diminuindo e, de repente, enchendo de novo — exatamente no momento em que o telefone se conecta à unidade que está dentro do cômodo.

Nesse sentido, não há o que falar ou reclamar: tudo funciona perfeitamente bem, inclusive aqueles dispositivos mais antigos que são limitados (como a balança que eu mencionei).

Qualidade e alcance do sinal

Esse problema eu ja adianto que ainda não consegui resolver. Talvez, com mais uma unidade, ele seria de fato resolvido.

Não, o meu apartamento está longe de ter mais de 325m². O grande problema — e que você também deve enfrentar por aí — é que, no Brasil, as paredes não são feitas de gesso ou de um compensado qualquer como nos Estados Unidos e em ouros países. Aqui, temos tijolos, cimento… uma camada difícil para qualquer conseguir transpor sem nenhum tipo e perda. Além disso, espelhos e outros dispositivos eletrônicos também podem causar interferência.

E o desenho do meu apartamento não ajuda, como você pode ver abaixo:

Planta do apartamento

O ponto de entrada dos cabos — consequentemente, o modem e o roteador principal — fica na sala (ponto 1); já sabendo desse possível problema, eu passei um cabo de rede da sala para o meu quarto justamente para não sofrer com isso (ponto 2).

Só que o erro foi ter passado um cabo de qualidade duvidosa que aguenta uma conexão de, no máximo 80Mbps — o que é um problema mas não me impede de usar a internet no meu quarto, já que essa conexão é bem superior ao 4G do iPhone.

Mas, apesar de ter conexão na sala e nos dois quartos, no lavabo e na cozinha ela chega bem fraquinha, a ponto de ser melhor usar o 4G. Talvez, se eu mudasse a posição do roteador principal para o ponto 3 ou se colocasse uma unidade nova ali, o problema não existiria mais.

Por essas e outras, mesmo sendo um apartamento três vezes menor do que o espaço que o COVR-1102 cobre, as coisas não funcionam 100% como deveriam.

Como disse, tenho uma internet de 240Mbps de download e 20Mbps de upload. Veja como se saem os testes de velocidade nos cômodos da casa:

CômodoLatênciaDownloadUpload
Sala11ms252Mbps20,9Mbps
Quarto das crianças11ms166Mbps20,7Mbps
Banheiro das crianças11ms127Mbps20,9Mbps
Meu quarto12ms91,1Mbps20,7Mbps
Meu banheiro13ms44,8Mbps20,9Mbps
Lavabo13ms74,8Mbps17,9Mbps
Cozinha12ms102Mbps20,8Mbps

Eu não coloquei a área de serviço na tabela acima pois o sinal não chega lá. Talvez, se eu tivesse uma unidade extra no ponto 3 — ou se a unidade principal estivesse ali —, as duas unidades conversariam melhor nessa localização (com menos paredes interferindo) e eu tivesse uma conexão de quase 240Mbps também no quarto, mesmo sem utilizar um cabo ligando uma unidade à outra. Sem contar que o sinal no lavabo e na cozinha também seria melhor — quem sabe, chegando também à área.

São testes que precisam ser feitos mas que dependem de uma “miniobra” ou de um outro aparelho, coisas que não tenho como fazer agora. Mas ressalto isso por conta da importância do posicionamento da unidade principal no seu apartamento/caso — é algo que precisa ser pensado antes de passar os cabos pelos conduítes. 😛

Vale a pena?

Se você ainda está usando um roteador simples, como eu usava antes de migrar pra uma rede mesh, vale muito. A facilidade de ter uma rede só conversando com todos dos dispositivos e fazendo essa troca automática conforme você vai se deslocando pelos cômodos é muito conveniente.

Eles são pequenos (92x92x92mm), leves (197 gramas) e contam com uma garantia incrível de cinco anos. Para um sistema mesh, estamos falando de um preço competitivo: R$1.000 (duas unidades), podendo ser dividido em até 6x sem juros.

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