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Como anda o Google Chrome para Mac que o Sergey Brin tanto usa?

Vimos ontem que Sergey Brin anda usando o Google Chrome no Mac OS X, mesmo sabendo que não se trata de um produto estável para consumidores finais. Conforme havia dito no artigo sobre esse assunto, eu e o Rafael fizemos testes com o browser nos últimos dias, e temos uma expectativa considerável no seu lançamento final (que infelizmente ainda poderá demorar), apesar de já ser possível usá-lo com quase todas as suas funções na versão de desenvolvimento.

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Chrome para Mac (4.0.223.8)

O navegador é muito leve e rápido; contudo, ele ainda não é o browser mais veloz no Mac OS X: a diferença de desempenho entre um nightly build do Safari e o navegador do Google pode chegar a 100ms em um teste intenso de JavaScript, como o Sunspider Benchmark. É claro que a Apple faz um trabalho muito mais afinado entre o seu browser e o seu sistema operacional — no caso testado por nós, o Snow Leopard —, o que deixa o Chrome numa boa posição entre os melhores aplicativos da categoria para usuários de Mac.

Começando a usar

Se ainda não experimentou o Chrome e quer dar uma olhada nas funções que vou comentar a seguir, você pode baixá-lo no site da sua comunidade de desenvolvimento e ver por si mesmo como ele está funcionando — instruções de instalação estão na própria imagem de disco que traz o aplicativo. Aliás, recentemente o Google fez importantes updates por lá, então é bom olhar as notas de lançamento e os bugs conhecidos.

Quando o abrir pela primeira vez, você será questionado sobre a opção de importar seus dados já registrados no Safari ou no Firefox, além de fazer dele o browser padrão na máquina e enviar dados de uso para os desenvolvedores:

Chrome para Mac (4.0.223.8)

Ao terminar essa parte, você é apresentado ao browser, com todos os seus favoritos e histórico de navegação prontos para uso. A página principal do seu navegador também é aberta automaticamente, mas cada aba é aberta com um painel especial (semelhante ao Top Sites do Safari), onde é possível conferir as páginas visitadas com maior frequência, uma prévia daquelas que foram fechadas recentemente e algumas dicas de uso:

Chrome para Mac (4.0.223.8)

Há dois itens por padrão nesse painel. Você pode ir ao site da gigante de buscas e conhecer mais informações sobre o Chrome (para Windows), ou então instalar temas diferentes para mudar o estilo da janela — opção que também pode ser escolhida com um clique no canto inferior direito. Na página que se abre, você pode escolher um tema e instalá-lo, sem precisar reiniciar para conferir o visual — ou desfazer, se achar feio:

Chrome para Mac (4.0.223.8)

Visualização de páginas

Conforme for visitando sites, você verá que o conteúdo não fica tão diferente de se apreciar quanto no Safari: hoje, o layout engine usado por ambos produz quase os mesmos resultados — sim, o Google faz alterações no WebKit para o Chrome. Mas você também pode visualizar conteúdos em Flash (incluindo vídeos do YouTube) ou com o plugin do QuickTime, que começou a ser suportado recentemente, coincidindo com uma nova fase de testes em vários outros componentes do tipo:

Chrome para Mac (4.0.223.8)

Visitando a página oculta about:plugins, você pode ver quais estão habilitados. Por ora, só confio no Flash e no QuickTime, pois é possível que o Chrome trave ao tentar chamar outros para ajudar no carregamento de certas partes da página. Na minha lista, quase nenhum funciona.

Integração com o Mac OS X

Saindo um pouco do papo sobre conteúdo de terceiros, até fiquei animado com a integração ao Mac OS X oferecida pelo navegador do Google no estado atual. É possível corrigir ortografia e gramática com os recursos nativos, usados pelo Safari, e até contar com as funções novas de substituição do texto do Snow Leopard. Isso coloca o Chrome à frente dos desenvolvedores da Mozilla, que deverão levar isso para o Firefox apenas em 2010.

O Chrome também já suporta pedidos de protocolos externos, usados em integrações entre o browser e um aplicativo desktop. Não há melhor forma de exemplificar uma aplicação importante disso do que receber um link da iTunes Store via email — ou pelo Facebook/Twitter:

Chrome para Mac (4.0.223.8)

Privacidade e segurança

Uma integração com o Acesso às Chaves (Keychain Access) da máquina para senhas também existe, mas já adianto que, no início do seu uso, você vai achar o volume de notificações gerados por ela _muito_ incômodo:

Chrome para Mac (4.0.223.8)

Para cada senha salva que você for tentar resgatar numa página de login, a janelinha acima aparecerá — é um novo aplicativo tentando acessar algo que já existe na sua máquina, por isso esse comportamento é considerado “normal”. Mas, depois de confirmar, o aviso não aparece de novo, e para que o navegador preencha a sua senha, basta digitar o nome de usuário correspondente.

Falando em páginas de login, o Chrome também já reconhece a identidade dos sites, baseando-se nos seus certificados de segurança. A notificação sobre isso aparece na barra de endereços e pode mostrar um ícone de cadeado (se a conexão for segura) ou um alerta, caso possa ser insegura.

Chrome para Mac (4.0.223.8)

Chrome para Mac (4.0.223.8)

Clicando nele, você confere um condensado do que o navegador mostra de seguro (e inseguro) na página, além de oferecer a possibilidade de verificar o seu certificado de segurança. Falta anti-phishing, no entanto.

Coisas incômodas (IMHO)

Muita coisa ainda falta nas preferências. Elas apenas fornecem os aspectos básicos de controle da interface, navegação, senhas e auto-preenchimento — como disse o meu irmão, faltam opções que _até o Internet Explorer_ oferece. Mas, conforme o navegador for evoluindo, elas aparecerão.

Algumas páginas ocultas também estão presentes e teoricamente servem para lhe dar controle sobre outros aspectos do aplicativo, como uso de memória (que ainda é descontrolado) e extensões — que ainda não existem para download, mas surgirão em breve. No Mac, porém, nada disso é explicado à primeira vista, sem falar que muitas dessas páginas e opções ainda não existem.

Navegando pela web, você também encontrará outras coisas incômodas:

  • Algumas páginas aparecem com erros feios de layout;
  • Imprimir artigos pelo navegador é possível, mas não existe nenhuma pré-visualização da página para referência;
  • A rolagem não fica restrita a áreas diferentes da página em relação à janela principal. Se você estiver rolando o conteúdo de um iFrame e ele acaba, o navegador começa a rolar a página inteira sozinho;
  • Se você trabalha com o WordPress para publicação de conteúdo (como nós, do MacMagazine), também sentirá falta dos atalhos de teclado e notará erros na inserção de códigos e imagens;
  • Sem você fazer nada, o aplicativo pode confundir atalhos de teclado.

Bom, alguns dos itens citados podem não ser incômodos para outras pessoas — e, se eu esqueci de falar algo, sinta-se livre para relatar nos comentários. No geral, eu ainda não recomendo o uso do Chrome; aliás, no meio de tantas ofertas de navegadores que existem por aí, eu me igualo a um usuário de um PC com Windows, por estar usando o browser que veio com a minha máquina no momento — mas com um porém: na sua versão de desenvolvedor. 😛

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