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Android começa a sofrer dos males de ser uma plataforma aberta “para todos”

iPhone vs. Google Android

Já deixo claro aqui mesmo que não tenho nada contra o Android, como alguns até pensaram em artigos anteriores; aliás eu apoio a ideia de uma plataforma móvel aberta e de fácil acesso para as pessoas — afinal de contas, não é qualquer um que pode desembolsar tanta grana por um iPhone, especialmente no Brasil. No entanto, todos nós devemos concordar que projetos como o sisteminha do Google passam por problemas bem particulares, dos quais as iniciativas da Apple e da Palm, por exemplo, são livres.

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iPhone vs. Google Android

Como qualquer sistema móvel aberto às opiniões de diversas fabricantes, o Android levou um tempo — mais de um ano, eu diria — para passar pelo maior deles: a diversidade de aparelhos. No início, era apenas um, o G1, que eu consegui usar por uns minutos (graças ao meu amigo/colega de trabalho Breno Masi) e do qual gostei muito, mas isso foi há um ano: hoje, temos no mercado 12 tipos de aparelho diferentes com o Android, de acordo com a Wired.com. Por acaso você ainda ouve falar bastante do G1 por aí?

Eu vejo notícias sobre G1, mas é de gente sendo forçada a portar manualmente a última versão do Android para conseguir funcionar com ele. Quer dizer que, em vez de alguém anunciar (ou negar, de uma vez) suporte oficial para um update significativo da plataforma, os usuários precisam passar por essas coisas na base da tentativa e erro? Como é possível deixar de liberar atualizações para um smartphone com um ano de uso?

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Nem mesmo o iPhone de primeira geração, lançado em 2007, foi abandonado pela Apple: sim, o hardware dele possui limitações, mas que não impediram ninguém de obter aplicativos da App Store em 2008, nem proibiram as pessoas de usufruírem do pacotão de recursos do firmware 3.0 neste ano. Isso já é uma diferença monstruosa em relação ao Android: a Apple pode suportar aparelhos de quase três anos atrás até quando for possível, de forma que eu não ficaria contente em ver nenhum deles riscado de um futuro iPhone OS 4.0 no ano que vem.

Mas esse não é o pior dos problemas. Mesmo entre os aparelhos mais recentes com Android que estão à venda, existem várias diferenças que ultrapassam os limites do trabalho pesado do Google em tornar a adaptação de aplicativos entre eles mais tranquila. Há três versões do sistema (1.5, 1.6 e 2.0), firmwares customizados em alguns aparelhos e várias diferenças no tipo de hardware utilizado por eles.

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Se os desenvolvedores não prestam atenção, em pouco tempo seus produtos podem se tornar problemáticos para muita gente, com bugs, recursos indisponíveis ou até a possibilidade de não abrirem em nenhum aparelho. Isso acarreta na insatisfação de usuários, que nos leva ao aparecimento de péssimos comentários, diminuindo vendas e, consequentemente, prejudicando a vida e o trabalho de quem quer construir uma boa carreira na plataforma.

Apesar de cometer erros bobos às vezes, a aprovação da iPhone App Store ao menos tenta garantir que todos os produtos vão funcionar em todos os aparelhos. Dessa forma, o usuário pode concluir pelo próprio trabalho do desenvolvedor se um produto é bom ou não, sem passar por problemas de compatibilidade entre gadgets/plataformas/tamanhos de tela e por aí vai. E para quem pensa que isso é exclusividade da Apple, saiba que eu enxergo a mesma coisa na loja de apps da Palm para o webOS — e eu ainda vejo originalidade no trabalho deles.

Enfim, não cabem em um artigo do MacMagazine todos os cenários de plataformas móveis e lojas de aplicativos para celulares que existem por aí. No entanto, o Android chamou minha atenção com essa análise da Wired.com: ele corre o risco de se tornar um sistema fragmentado, mas o Google ainda pode evitar que isso vire um caminho sem volta.

Eu juro que espero o melhor para o DROID — ao menos que ultrapasse a regra de 12 meses do G1… 😛

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