Desde que a Apple oficializou as novas faixas de preços de músicas para a iTunes Store no ano passado, algumas gravadoras constataram uma redução considerável no ritmo das vendas. Uma delas foi a Warner Music, que falou recentemente a um dos canais de tecnologia do The Wall Street Journal acerca do assunto.
Um executivo da gravadora afirmou que o número de downloads de faixas a partir da iTunes Store cresceu apenas 5% no quarto trimestre, o que é pouco quando comparado com as quedas consideráveis de 10% e 11% no terceiro e segundo trimestres, respectivamente. Aparentemente, adotar uma faixa de preços 30% mais cara em relação àquela que foi a única da loja da Apple por anos não foi uma boa ideia, pelos menos para algumas gigantes da indústria da música.
A tendência é que isso não será positivo para o futuro da iTS, mas a preocupação com preços altos vai além de músicas. Pelo jeito, a Apple também pretende adotar uma política de preços para sua iBookstore que, embora seja mais flexível em relação à loja musical, tornará a aquisição de livros digitais bem mais cara para os usuários. Enquanto novos títulos para o iPad poderão custar até US$15, a Amazon.com tenta se manter firme com uma política de preços que é 30% menor para esses casos — embora proporcione margens de lucro reduzidas para autores e editoras.
A iTS é a maior distribuidora de músicas do mundo, responsável por entregar mais de 25% do conteúdo musical adquirido nos Estados Unidos e domina as vendas online com quase 70% desse mercado. No entanto, se a Apple ainda deseja que ela cresça mais, convém a ela repensar um pouco a sua política de preços para favorecer muito mais o interesse de compra dos usuários, que podem trazer números mais positivos para as gravadoras quando comparados com os atuais.