A guerra dos serviços de streaming continua a todo vapor. Hoje, o Spotify enviou ao Congresso dos Estados Unidos uma carta acusando a Apple de anti-competitividade ao reprovar uma atualização do seu aplicativo na App Store.
A carta, obtida pelo Recode, afirma que a Maçã está tomando medidas anti-competitivas — em outras palavras, práticas ilegais — para favorecer o seu próprio serviço de streaming, o Apple Music. Além disso, a empresa sueca reafirma sua posição de que o modelo de negócios de assinaturas da Apple — recentemente alterado para repassar 85% dos lucros aos desenvolvedores em assinaturas com mais de um ano — continua sendo desvantajoso para eles. O Spotify afirma que, com esta prática, a Apple está colocando um preço superior em outros serviços de música e tornando-os pouco competitivos.
A carta afirma ainda que a justificativa oficial da Apple para a recusa da nova versão do aplicativo seria uma “regra de modelo de negócios”, e a Maçã teria orientado a empresa a usar o sistema de pagamentos do iOS se quisesse continuar utilizando o app para obter novos consumidores e vender assinaturas. Rememorando um pouco, um caso relativamente parecido aconteceu há mais de um ano, quando o TIDAL fez declarações acerca da Apple no mesmo tom.
É bom lembrar que a Apple não proíbe que os usuários realizem suas assinaturas fora do aplicativo, mas se a compra for feita por ele, o Spotify — e, por conseguinte, quaisquer desenvolvedores — deve repartir os lucros com a Maçã.
O imbróglio surge um dia depois da senadora americana — e provável candidata a vice-presidente pelo Partido Democrata — Elizabeth Warren criticar a Apple no Senado, afirmando que a empresa de Cupertino pratica medidas anti-competitivas com desenvolvedores de serviços concorrentes aos da própria Maçã que dependem da App Store.
Como é de costume nessas situações, a Apple não comentou o caso.