A Greenpeace acaba de publicar a edição de março do seu projeto Greener Electronics Guide, que incentiva empresas de tecnologia a tornarem-se “mais verdes”, eliminando o uso de componentes tóxicos e do desperdício de matérias-primas em seus produtos.
Quando a iniciativa foi lançada, a Apple registrou vergonhosos 2.7 pontos dos 10 da pesquisa. A partir daí, a Greenpeace lançou uma forte pressão sobre ela, através de uma paródia do seu próprio site.
Em maio de 2007, Steve Jobs foi a público e deu uma resposta à Greenpeace, apresentando as metas da Apple para uma “maçã mais verde”. O iPhone chegou ao mercado e mais uma vez a Apple foi alvo de um ataque público da organização.
Finalmente, no início deste ano, com a chegada do MacBook Air, a Greenpeace pela primeira vez reconheceu os esforços da Apple, apesar de afirmar que ainda falta um tanto para a perfeição. Para esta 7ª edição do guia, a Apple chegou a 6.7/10 — e, segundo a Greenpeace, tem crescido em conceito constantemente:
Samsung e Toshiba estão empatadas na primeira posição com 7.7/10, seguidas de Nokia, Sony, Dell e Lenovo, todas com 7.3/10. A pior das empresas listadas é a Nintendo, com 0.3/10. Foi ela, também, a primeira companhia a tirar nota 0 no guia — já em sua primeira edição. A Nintendo não possui hoje nenhuma política pública para eliminação de tóxicos ou projetos de reciclagem, ao contrário de todas as outras 17 empresas analisadas pela Greenpeace. A Microsoft marcou 4.7 pontos e tem uma meta de, até 2010, eliminar completamente tóxicos PVC e BFR dos seus produtos.
Devida à elevação na média das avaliações das empresas participantes, a organização decidiu subir o nível do guia e, a partir da sua próxima edição, exigirá ainda mais das participantes na análise de químicos e desperdício, além da adição de um novo critério de energia. A indústria de TI é responsável por aproximadamente 2% da emissão global de gás carbônico; para terem uma idéia, o número equivale ao da indústria de aviação.
O próximo guia sairá em junho deste ano. Vamos torcer para a Apple e as outras empresas todas subirem consideravelmente no ranking.
[Dica do Douglas Carvalho, obrigado!]