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MacBook Air vs. iPad Pro: qual vale mais a pena?

Foto de Daniel Romero na Unsplash
MacBook Air e iPad Pro

Em janeiro, tivemos a surpresa da atualização dos MacBooks Pro com o chip M2 em suas versões Pro e Max, mas desde o ano passado temos o MacBook Air e o iPad Pro rodando no chip mais avançado da Apple (modelo de entrada).

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Desde o lançamento do iPad Pro com Face ID, em 2018, a possibilidade de transmissão de dados via Thunderbolt, a chegada do Magic Keyboard em 2020 (trazendo uma experiência melhor com um trackpad para o tablet) e a utilização do chip da família M (em 2021), reacendeu-se um debate sobre o uso do iPad com substituto do MacBook, especialmente para usuários do MacBook Air.

Os dois aparelhos têm características semelhantes, que nos deixam mesmo em dúvida sobre por qual deles optar. Eu tenho a chance de trabalhar com os dois devices de maneira intercambiável e passei a fazer alguns comparativos entre as máquinas. Com essas experiências, preparei esse pequeno review/comparativo para lhe ajudar na tomada de decisão.

Especificações técnicas

Neste ponto, temos um empate entre os dois. As especificações técnicas dos produtos são as mesmas, embora não necessariamente isso sirva de comparação.

Chip M2

A questão é que o desempenho no laptop e no tablet podem ser diferentes pela forma de processamento de cada um. Mas pelo menos podemos ter uma ideia de equivalência. As duas máquinas possuem o chip M2, opção de 1TB de espaço, 16GB de memória e Wi-Fi 6. No caso da tela, ambos os devices incorporam o Liquid Retina Display — no meu caso, a única diferença é que o iPad é de 11″ e o MacBook Air, de 13″.

Desempenho

Quando colocados lado a lado para as mesmas atividades, o MacBook Air e o iPad Pro ficam muito próximos.

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Exportar um vídeo no iMovie, rodar um software estatístico, abrir uma apresentação das mais pesadas no PowerPoint ou no Keynote, trabalhar com planilhas cheias de fórmulas no Excel ou navegar em sites mais carregados; todas essas atividades possuem processamento idêntico ou muito próximo nos dois gadgets, de vez em quando variando com ligeira vantagem para um ou para outro.

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Mais uma vez, empate.

Aplicativos e softwares

Aqui, começam as diferenças.

Embora a Apple tenha feito uma reformulação no sistema operacional do iPad, batizando-o de iPadOS e fazendo grandes alterações na maneira de funcionar — trazendo status de computador —, algumas grandes empresas ainda não compreenderam isso. Microsoft e Google ainda têm versões capadas dos seus softwares e aplicativos no iPad, entendendo basicamente estar rodando um iPhone. O Zoom não tem todas as funções como na versão desktop.

Além disso, atalhos e outras funções de vários softwares não são reconhecidos. Isso sem contar que não existe ainda uma versão do Final Cut Pro para iPad e que o iMovie também opera em uma versão limitada em relação à sua versão para macOS — ou seja, nem a própria Apple resolveu todos os problemas.

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No mais, o cursor do iPad e a maneira de interagir com a tela ainda não é tão intuitiva quanto no Mac nessa posição, tendo a primazia da mentalidade de tablet para se usar com os dedos. Neste quesito, então, vitória folgada para o MacBook Air.

Usabilidade e portabilidade

O novo MacBook Air ficou com um design muito bonito e, embora ligeiramente menos fino que o anterior (não dá nem para dizer que é mais espesso, porque é bem fino) ficou muito leve e prático. Você nem percebe ele na mochila, de tão leve! As bordas finas da tela tornam a experiência de uso muito agradável. Contudo, ele ainda é um computador.

Já o iPad, especialmente o de 11″, é basicamente do tamanho de um livro. Cabe em qualquer lugar, fácil de usar mesmo em espaços pequenos e tem a facilidade de ser também um tablet. Para muitas coisas, você pode simplesmente tirá-lo do teclado e trabalhar na mão, como leitura, emails, relatórios, etc.

Particularmente, eu acho o Magic Keyboard muito pesado e com um design bem antiquado — tenho esperança de que a Apple traga alguma solução mais interessante no futuro. O combo dele acaba ficando no mesmo peso do MacBook Air. Apesar disso, aqui a vantagem é do iPad e o jogo fica novamente empatado.

Bateria

A eficiência energética dos chips da Apple é realmente incrível! Desde o M1 que o tempo de duração da bateria ficou fantasticamente maior.

Pessoa usando o MacBook Air com M2 no Steve Jobs Theater do Apple Park (WWDC22)

No caso do iPad, a bateria já era boa e ficou um pouco melhor. No entanto, até por ser maior, a vitória aqui é do MacBook Air. Já fiquei incríveis 13 horas de uso pesado na máquina. Sem contar que, em standby, ele praticamente não consome bateria, o que infelizmente acontece com o iPad. Ponto para o Mac!

Preços

Os iPads foram melhorando de qualidade, criando novas categorias, e os preços silenciosa e discretamente ficando mais altos, como tem acontecido com os iPhones também. Hoje, iPhone, iPad e MacBook têm preços muito similares dependendo da categoria que você utilize.

Nas configurações dos aparelhos que tenho usado, o preços são muito próximos: US$1.800 para o MacBook Air e US$1.700 pro iPad Pro. O problema é que, para o iPad, esse é o preço sem teclado. Se você resolver comprar o Magic Keyboard novo, vai pagar mais US$300, com o valor total saltando para US$2.000.

Como eu comprei os aparelhos com desconto educacional e o teclado refurbished, não houve essa diferença. Mas considerando as condições normais de tempo e pressão, ponto para o MacBook Air.

Conclusão

De maneira geral e de forma comparativa, vitória expressiva do MacBook Air por 5 a 3 contra o iPad Pro.

Pessoa segurando o MacBook Air M2 no ar dentro do Steve Jobs Theater do Apple Park, na WWDC22

Para quem quer ter apenas um device que seja mais polivalente, não quer investir mais dinheiro que o necessário e tem um uso profissional dos equipamentos, o MacBook Air é a melhor opção. É preciso também levar em consideração que você pode fazer composições versáteis, como ter um iPad de entrada ou um iPad mini e o MacBook; ou então buscar um Kindle para leitura e trabalhar apenas com o computador.

Cabe ressaltar que o iPad utilizado aqui nesse comparativo é o Pro, o mais caro da linha. Conheço pessoas (como o meu pai) que abandonou computadores e agora tem um iPad Air de 64GB com um teclado Bluetooth e um mouse — que ele usa só de vez em quando — e tem sido muito feliz, com uma opção muito econômica de US$600 que atende superbem às suas necessidades.

Por último, lembre-se que existem casos e casos. Para quem gosta de tablets, utiliza no trabalho de maneira específica algumas das suas características ou gosta, por exemplo, da experiência de escrever à mão com a Apple Pencil, gosta de livros digitais e outras funcionalidades, o iPad sempre será a melhor opção.

Por outro lado, para quem está acostumado com um computador, trabalha com softwares mais específicos, precisa de uma tela maior (já que a comparação foi com um iPad de 11″), gosta da maior liberdade para baixar apps fora da plataforma da Apple e precisa de funcionalidades específicas, o MacBook vai sempre ser mais interessante!


Comprar MacBooks Air de 13″ e 15″ de Apple Preço à vista: a partir de R$9.899,10
Preço parcelado: a partir de R$10.999,00 em até 12x
Cores: meia-noite, estelar, cinza-espacial ou prateado
Chip: M2 (CPU de 8 núcleos; GPU de 8 ou 10 núcleos) ou M3 (CPU de 8 núcleos; GPU de 8 ou 10 núcleos)
Memória: 8GB, 16GB ou 24GB
Armazenamento: 256GB, 512GB, 1TB ou 2TB
Adaptador de energia: 30W, 35W (duas portas) ou 70W

Comprar iPads Pro de Apple Preço à vista: a partir de R$8.819,10
Preço parcelado: a partir de R$9.799,00 em até 12x
Telas: 11 ou 12,9 polegadas
Cores: cinza-espacial ou prateado
Capacidades: 128GB, 256GB, 512GB, 1TB ou 2TB
Conectividade: Wi-Fi ou Wi-Fi + Cellular

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