Quando a Apple escreveu uma carta a deputados norte-americanos para comentar sua política de privacidade dos usuários de gadgets com o iOS, um detalhe passou por baixo do radar, mas foi trazido à luz pelo TechCrunch. Veja o seguinte trecho, que constava na quinta página do documento:
Em aparelhos rodando o iPhone OS das versões 1.1.3 a 3.1, a Apple usava (e ainda usa) bases de dados mantidas pelo Google e pela Skyhook Wireless (“Skyhook”) para prover serviços baseados em localização. A partir da versão 3.2 do iPhone OS lançada em abril de 2010, a Apple passou a usar bases de dados próprias para prover serviços baseados em localização e para fins diagnósticos.
Em outras palavras: no iPad e em gadgets com o iOS 4, quem sabe onde você está é a própria Apple, sem intermediários. Essa transição fez muitas pessoas elogiarem a precisão dos serviços de localização, até mesmo em iPods touch: agora está explicado o porquê da melhora.
Procurada para comentar o caso, a Skyhook apenas disse que “todos que têm uma plataforma querem possuir o máximo possível dos sistemas de localização” e destacou o quanto LBSs (Location-Based Services) serão importantes no futuro. A Apple já vem trabalhando nisso há bastante tempo: há um ano ela adquiriu a Placebase e recentemente completou a aquisição da Ploy9. Pelo visto os frutos disso estão aí.
Mesmo com essa mudança, vale a pena continuarmos ajudando no mapeamento das bases Wi-Fi do Brasil — afinal de contas, outros serviços usam a base de dados da Skyhook, sem falar nos iPhones e iPods touch com firmware 3.x ou inferior. E, claro, com a perda da sua maior parceria, já tem gente de olho em potenciais compradores para a Skyhook.