Para quem tem menos de 30 anos é difícil imaginar um mundo sem processadores Intel rodando o Windows, sistema operacional da Microsoft, combinação notoriamente conhecida como “Wintel”. Entretanto, se o ótimo artigo publicado recentemente pela The Economist estiver correto, pode ser que mudanças que se vêm processando no cenário da computação tornem difícil, daqui a uns anos, pensar num mundo em que apenas duas empresas parceiras moveram 80% do mercado de computação pessoal.
Os tempos estão mudando: o computador pessoal está deixando de ser o centro das atenções e cada vez mais smartphones e tablets vêm ganhando espaço e atenção. Com essa lenta e gradual migração, os processadores caros e pesados da Intel estão dando lugar a ofertas como o Apple A4 e outros chips com arquitetura adaptada para baixo consumo em gadgets móveis (tanto que a Microsoft já anda se aninhando com a ARM), enquanto o Windows, também caro e pesado, cede espaço a iOS, Android e outro concorrentes no campo dos smartphones e tablets (tanto que a Intel já está super “MeeGa” da Nokia). Como isso aconteceu, é fascinante, e o Economist vai fundo na recapitulação.
Só para dar uma ideia, duas coisas muito legais do artigo poderão deixar você com água na boca. Uma delas é a tabela abaixo, que mostra o quanto o mercado de tecnologia se tornou multifacetado nos últimos anos: nela vemos como oito gigantes estão em franca rota de colisão em vários mercados.
Outro detalhe é o seguinte trecho, que comenta de forma curiosa as dificuldades da Microsoft no mercado atual de gadgets:
Pior ainda, o ramo de negócios móveis da Microsoft está um caos. Ela recentemente matou dois smartphones apenas 48 dias depois de pô-los no mercado. Um novo sistema operacional para smartphones só chegará no fim do ano. E, em relação a tablets, a Microsoft também ficou pra trás. Ou a empresa corre para se atualizar, ou o Sr. Ballmer certamente será lançado janela afora.
Ballmer defenestrado, sacou? Microsoft, janela… 😉
[via Daring Fireball]
