Em meio a uma briga fenomenal por royalties, um acordo entre gravadoras e emissoras de rádio surgiu com a seguinte proposta: todos os celulares, PDAs e outros aparelhos eletrônicos do gênero deverão conter um receptor de rádio FM. Quem precisa de modernidade e comodidade, quando um modelo de negócios precisa de socorro?
No final das contas, tudo se resume a “se não pode vencê-los, faça lobby para alguma lei absurda dar conta deles”. Poder contar com rádio FM em iPhones e iPods certamente seria interessante, mas ver isso como algo que deve ser imposto pelo governo é meio absurdo: se os consumidores quisessem ouvir rádio, eles procurariam gadgets com esse recurso, não? Claro, podemos ignorar por um instante que as pessoas gostam de ouvir suas próprias músicas sem interrupções de radialistas chatos ou de comerciais irritantes: só assim para pensar nessa medida como algo socialmente relevante.
Isso não é nada que um pouco de concorrência não faça: quando viu o segmento de iPods murchar por causa do sucesso do iPhone, a Apple num instante adicionou rádio FM ao iPod nano, para torná-lo mais atraente quando comparado com o iPod touch. Expandir isso para o resto da linha até seria interessante do ponto de vista monetário, pois o iTunes Tagging é capaz de transformar a programação de algumas rádios em lucro.
Entretanto, o espaço interno de um gadget da Apple é mais precioso que o metro quadrado de Shinjuku, então pode se tornar um problema colocar mais um chip dentro deles. Especialmente do iPod shuffle, que praticamente não existe. 😛
[via Ars Technica]
