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Stephen Fry publica sua autobiografia como um app para iOS, o myFry

Ícone do myFry

Apaixonado por tecnologia e sem se importar muito com convenções, Stephen Fry publicou sua autobiografia, The Fry Chronicles, simultaneamente em três formatos: capa dura, ebook e app para iOS. Sim, simultaneamente — algo importante para quem acompanha o #mimimi das editoras quanto a datas e preços de lançamentos.

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[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=kxLpMMzXVCk[/youtube]

O myFry, como você pode ver acima, tenta se diferenciar um pouco da fórmula batida e cansativa de “um leitor de PDF com um arquivo”, que tantas editoras e desenvolvedoras acham ser o ápice do epublishing: explorando o fato de a biografia do ator ser constituída por crônicas avulsas, o app oferece um índice diferente, que valoriza a leitura não-linear. Em vez de você ir do capítulo 1 para o 2 para o 3… até o 120, um sumário gráfico circular (só eu pensei “Click Wheel”?) mostra cada seção de acordo com um código de cores para tags independentes.

Cada crônica é marcada por pessoas, eventos, locais, estilos e mais, de forma que você pode rastrear rapidamente todas as que mencionam, por exemplo, Hugh Laurie ou Ben Elton. Ao selecionar um trecho, você é levado a uma interface comum de ebook (ou iBook), podendo regular o tamanho do texto ou marcar trechos favoritos para reler depois.

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myFry no iPadmyFry no iPad

A falta de funcionalidades adicionais (sério, um app que se justifica só por um índice estiloso?) é compreensível diante do preço: enquanto a edição impressa de The Fry Chronicles custa 20 libras esterlinas e o ebook custa 13 libras, o myFry sai por apenas 8 libras na App Store britânica [2,8MB; requer o iOS 3.0 ou superior em iPhones ou iPods touch]. Lembrando que os três formatos estão disponíveis desde o primeiro dia, fica realmente a cargo de cada leitor escolher a forma preferida de leitura.

Livros no iOS podem se diferenciar de duas formas: funcionalidade/conteúdo adicional (vídeo, áudio, interatividade ou magia) ou preço reduzido. Stephen Fry e Penguin Books optaram pelo segundo caminho, o que resultou num app-livro interessante, ainda que não seja impressionante.

Colocar um PDF (ou um monte de PNGs, como certas revistas fazem) dentro de um binário e cobrar o mesmo tanto que por uma versão impressa é sinônimo de incompetência para compreender as possibilidades da plataforma. Melhor nem lançar esse tipo de coisa na App Store, pois ofende a inteligência dos leitores e dá bandeira das prioridades da sua companhia: “dane-se a experiência do consumidor, eu quero é lucrar mais”.

[via 9 to 5 Mac]

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