Quem acompanha o MacMagazine há mais tempo se lembrará que, em 2016, a Apple anunciou um investimento de US$1 bilhão na Didi Chuxing, grande concorrente do Uber na China — que posteriormente virou sua “proprietária” com a aquisição das atividades do Uber no país (também por US$1 bilhão).
Na época, o CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da Maçã, Tim Cook, disse que o investimento “apresentava uma variedade de oportunidades estratégicas para a Apple” — rendendo à companhia um assento no conselho de administração da Didi.
No Brasil, a Didi também adquiriu a 99 (outra concorrente do Uber) por US$960 milhões, em 2018.
Fato é que, poucos dias depois de abrir o capital com uma oferta pública inicial nos Estados Unidos, a Didi passou a ser investigada pela China e caiu numa polêmica de privacidade ao ser acusada de coletar ilegalmente dados de usuários.
Por conta disso, a Administração do Ciberespaço da China ordenou que o software fosse removido da App Store, do Google Play e de outras lojas de aplicativos, como as da Huawei e da Xiaomi.
Embora a remoção certamente impedirá que novos usuários se cadastrem na plataforma, o aplicativo continuará funcionando nos dispositivos instalados — diariamente, ele contribui para mais de 20 milhões de viagens na China.
A Didi informou que a suspensão do aplicativo “poderá ter um impacto adverso em sua receita na China”, mas afirmou que já está atualizando seu app para ficar em conformidade com as normas de privacidade e segurança.
Embora a China tenha levantado a bandeira de segurança e privacidade, a medida também reflete as crescentes tentativas do país de controlar as gigantes de tecnologia — situação em que a Apple é acusada de se “submeter” às pressões do governo chinês.
via Bloomberg
Notas de rodapé
- 1Chief executive officer, ou diretor executivo.