Por começar a ser vendido no Brasil somente em 3 de dezembro, a performance do iPad em 2010 pelos números da Apple não deverá ser lá muito impressionante — até mesmo porque o preço praticado aqui é o terceiro mais alto em todo o mundo. Dessa forma, o brasileiro que quisesse ter a tablet só contou com uma saída ao longo de quase todo o ano: importar.
Segundo dados da Receita Federal divulgados pelo IDC Brasil à Folha, 64.000 iPads entraram legalmente no país ao longo de 2010. “No ano passado, o Brasil vendeu mais de 13 milhões de computadores. Os números dos tablets chamam a atenção pela categoria ser nova, mas são pequenos diante dos PCs vendidos”, comentou Luciano Crippa, gerente de pesquisas da IDC Brasil. No começo de dezembro, a IDC estimara que cerca de 30.000 iPads estivessem em circulação no país.
Na concorrência com os netbooks, tablets como o iPad e o Galaxy Tab saem em desvantagem aqui no Brasil especialmente no quesito preço. “O netbook ainda é visto como o computador de preço mais barato. Quem quer os tablets é o consumidor que está interessado na mobilidade”, disse Silvio Stagni, vice-presidente de telecom da Samsung.
Se os planos de reduzir a incidência de impostos sobre tablets derem frutos e os preços baixarem, pode ser que o Natal de 2011 no Brasil fique parecido com o de 2010 nos Estados Unidos: lotado de iPads.