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Extração de minerais

Congo acusa Apple de explorar minerais de forma ilegal no seu território

A República Democrática do Congo acusou a Apple nesta semana de usar minerais extraídos de forma ilegal do seu território em cadeias de produção, o que inclui a produção de dispositivos como o iPhone.

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Representada por um grupo de advogados internacionais baseados nas cidades de Amsterdã (Países Baixos) e Paris (França), a nação africana disse acreditar que a Maçã está utilizado estanho, tungstênio e tântalo (conhecidos como os materiais 3T) da região leste do seu território, a qual vêm sofrendo há anos com a extração ilegal de recursos.

Muitas dessas atividades, como lembrado por um relatório publicado pela Amsterdam & Partners LLP — um dos escritórios de advocacia responsáveis por representar o Congo —, são comandadas por milícias e grupos terroristas, os quais são conhecidos por empregar mão de obra infantil, devastar o meio ambiente em busca desses recursos e oprimir com muita violência as populações locais.

Embora a Apple tenha afirmado que verifica as origens dos minerais que utiliza para fabricar os seus produtos, essas alegações não parecem basear-se em provas concretas e verificáveis. Os olhos do mundo estão bem fechados: a produção de minerais 3T essenciais em Ruanda está perto de zero e, no entanto, as grandes empresas de tecnologia dizem que os seus minerais são provenientes de Ruanda.

Os advogados enviaram uma série de questionamentos para o CEO 1 Chief executive officer, ou diretor executivo. da Apple, Tim Cook, e para uma subsidiária da empresa na França, buscando obter respostas mais claras sobre a origem dos materiais encontrados nos seus dispositivos. Ainda não está claro exatamente quais questionamentos foram levantados, mas eles deram um prazo de três semanas para que a companhia americana forneça uma resposta.

A Maçã, vale notar, já abordou esse assunto em relatórios ambientais divulgados anteriormente. No início de 2022, por exemplo, ela disse que rescindiu contratos com 12 fundições e refinarias devido a preocupações com a mineração em áreas de conflito armado, inclusive no Congo. Ainda segundo ela, essas ex-parceiras apresentaram irregularidades ou simplesmente se recusaram a passar por uma auditoria.

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Na mesma ocasião, a empresa explicou que o seu Código de Conduta do Fornecedor “exige que fornecedores, fundidores, refinadores e recicladores em nossa cadeia de suprimentos identifiquem e avaliem um ampla gama de riscos, além do conflito, incluindo riscos sociais, ambientais e de direitos humanos”.

No seu mais recente relatório de “minerais de conflito” [PDF], como esse recursos extraídos de forma ilegal são chamados, a Apple disse que, até 31 de dezembro de 2023, nenhuma das suas fundições e refinarias parceiras tinha ligações com grupos armados no Congo.

via Bloomberg

Notas de rodapé

  • 1
    Chief executive officer, ou diretor executivo.

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